Areia da lua – faça você mesmo

Sabe aquela areia muito legal, moldável e toda bacana que a gente encontra em lojas de brinquedo? Pois hoje vamos aprender uma maneira de fazer a brincadeira de uma forma lúdica e caseira. E ainda garantir a segurança caso um bebê, que gosta de experimentar tudo nesse mundo, queira entrar na brincadeira!
Separamos para essa atividade quatro xícaras de farinha de trigo e uma de óleo de soja. Juntos misturamos bem os dois ingredientes e em poucos minutos já estava pronta a nossa areia.

A textura fica muito parecida com areia da praia, já que se molda muito bem em pequenas forminhas, fica fofinha e não é oleosa. Ainda tentamos misturar um pouco de corante alimentício para colorir, mas a mistura não ficou homogênea e isso pode ser descartado.
Bernardo fez castelos como se estivesse na beira do mar, usando utensílios de nossa própria cozinha, garantimos um bom tempo de diversão, invenção e estímulo a criatividade.

Já Natália de apenas um ano, ficou impressionada e atenta com a textura, todo o toque em suas mão e pés eram observados e repetidos. E como já era de se esperar, em um momento de minha distração, ela experimentou a mistura.
Sabe, normalmente preparo essas atividades pensando no menino, mas é a segunda vez que ela me impressiona por seu interesse e disposição para brincadeiras como essa.
Preparar a areia da lua em casa é uma ótima oportunidade de desenvolver uma atividade sensorial, de falar sobre economia e “faça você mesmo” e de estimular o trabalho em equipe. (Principalmente na limpeza pós brincadeira!). Essa é uma forma barata de estimular as crianças e passar um tempo de qualidade e diversão com elas!

E depois que a farra acabar a areia se bem vedada, pode ser guardada para outras ocasiões! Aqui mesmo ela já rendeu brincadeira para várias oportunidades. Principalmente para Natália, que ainda não perdeu o interesse no assunto. E é ótimo brincar com eles na segurança da sacada e sentadinha sem correr atrás de nenhum filho!

Perfeito para as férias, super indico!

Tinta puff passo a passo

Como foi o feriadão por aí? Por aqui foi muito tranquilo, eu nem pensei em sair de casa para passear, meus rebentos não gostam muito de trânsito em dias normais, imagina eu com a possibilidade de ficaram parados em congestionamento? Nem nos arriscamos. Passamos os quatro dias em casa juntinhos em um misto de praça, parque, chão da sala, algumas farras culinárias com Bernardo e hoje para fechar com chave de ouro uma bagunça envolvendo tintas.

Vi essa receita de tinta caseira em um grupo de homeschool que participo no facebbok e me animei em tentar por aqui. A tinta chama-se puff, pois depois de pronta ela cresce, seca e fica com um aspecto fofinho. E para reproduzir usamos ingredientes caseiros e de fácil acesso.

Bernardo ficou interessadíssimo no processo químico, já que um dos ingredientes é fermento de bolo, e tudo que envolve experiências deixa sua atenção super aguçada. E Natália não estava convidada para participar da brincadeira, mas como vocês poderão ver ela também participou a-ti-va-men-te, avacalhando com o trabalho do menino.

Os ingredientes da tinta são:

– uma colher de fermento químico

– uma colher de sal

– três colheres de farinha

– água para ficar em uma consistência de tinta (vá misturando aos poucos)

– corante alímentício

Basta misturar tudo e ir mexendo para formar a tinta. É fácil e rápido, eu fiz tudo com uma colherinha de chá e rendeu um bom potinho da mistura. Essa parte é muito legal para uma criança mais velha, ver a reação química da coisa é realmente muito curioso. Já Natália acreditou do fundo do coração que eu estava preparando uma papinha bem deliciosa e ficou resmungando que queria provar.

E para dar o efeito puff vem a parte mais legal ainda, basta depois de estar com o desenho pronto, levar o papel (que deve ter uma gramatura mais dura, nós usamos um pedaço de bismark) para o micoondas por uns trinta segundos.

Esse azul ficou com uma cara de fundo do mar! Da próxima vez que brincarmos disso por aqui vou pensar seriamente em fazer um desenho mais elaborado com a ajuda do Bernardo. Mais uma vez o menino ficou impressionado com o resultado, eu também, pois realmente é diferente e curioso.

E por fim deixei Natália sentar e brincar como ela queria. E a experiência acabou sendo também sensorial. Todos os ingredientes eram tranquilos para ela manusear e arrisco dizer que todo o trabalho valeu mais por ela do que por Bernardo. Ela simplesmente ficou encantada com toda a bagunça e liberdade de se deliciar com a tinta. E eu né, o que posso falar? Quem nunca sonhou em ter que lavar um bebê smurf? #sqn

Nossas pequenas memórias e o que eu não vou ensinar para Natália

Bernardo essa semana me pediu algo inusitado durante um almoço comum. Fez várias e várias voltas até enfim chegar ao ponto que queria. O menino me pediu para lhe ensinar um palavrão. _Sabe o que é, mãe. Só para caso eu ouvir por aí posso chamar a polícia bem ligeiro.

Ri por dentro. Senti tanto amor por sua inocência. Senti tanto carinho por sua forma de se expressar. Aqui em casa a gente não costuma falar palavrão, mas sei que agora que ele começou a frequentar a escola vai se envolver com crianças com criação diferente e inevitavelmente vai descobrir coisas cabeludas por aí. Senti que mais uma vez ele cresceu diante de meus olhos. E então lhe ensinei um palavrão. E mais uma vez ri quando ele falou pensando que estava transgredindo o mundo. Expliquei que era feio, que eu não gostaria que ele ficasse repetindo por aí e que não precisava chamar a polícia caso ouvisse alguém falar isso.

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Essa semana, mais precisamente ontem, em um dos vários momentos que me pego observando a relação dos dois, presenciei uma cena nova. Natália sentou na porta da varanda e ficou fazendo tentativas frustradas de pinçar uma formiguinha. Provavelmente ela tinha intenção de provar a iguaria. Antes mesmo de eu me manifestar a respeito, Bernardo correu para perto dela e começou a explicar sobre os costumes e a vida das formigas. Há não muito tempo atrás eu sentei nessa mesma porta e ensinei para ele muitas das coisas que ele estava repetindo.

Peguei a máquina fotográfica e registrei o momento sem nem mesmo eles perceberem. Gosto de fazer isso. Amo guardar pequenos momentos roubados de nossa rotina. Momentos únicos, só nossos e que fazem esse exercício diário e o projeto 365 valerem tanto a pena.

E então me dei conta das coisas que não vou ensinar para Natália. Coisas pequenas e simples que não serão nossas, assim como foi com o Bernardo. Faz parte do pacote de ser segunda filha e de ser mãe de dois. Talvez seja mais fácil ou mais simples dessa forma, mas foi estranho ver essa cena. Mais uma vez me senti inundada de um amor gigante, junto com um sentimento diferente, talvez um pequeno sentimento de perda pelas coisas que não farão parte da nossa vida juntas.

Natália nunca vai precisar que eu lhe ensine um palavrão. Certeza!

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E esses foram os melhores momentos das fotos do projeto 365 dias das últimas semanas. Um misto de rotina, diversão e muito amor.

Se você quiser acompanhar o projeto diariamente siga nosso IG @inventareideias

 

Em que momento o dinheiro passa a ser o mais importante?


Não, essa não é uma propaganda para o HSBC. Mas esses vídeos ilustram tão bem o que sinto em relação a busca desenfreada em relação ao ter/dar e a educação de filhos, que não me importo em divulgar para vocês assistirem!

Eu sei muito bem o quanto o dinheiro é importante, necessário e desejado. Não sou romântica a ponto de me iludir com o viver de amor. Mas a pergunta é, em que momento ele passa a ser o MAIS importante?

Esses dias estávamos nós conversando com o pai de uma amiguinha do Bernardo. Eu estava grávida e ele dizia que não teria mais filhos. Continuamos conversando sobre educação e tal, e acabamos falando sobre a escola que iríamos escolher. A menina ia para uma escola particular da cidade e Bernardo vai para uma escola pública (tenho um post sobre isso, sobre o que deu rumo para nossa decisão). E então ele largou: Tá vendo porque vamos ter um filho só, para poder dar o melhor!

Questionamento interno: -Bah, será que não estou dando o melhor para meu filho? Não dou o melhor nem para um e já estou aqui a parir mais um?

Mas esse questionamento durou pouquinho, pois nesse quesito me sinto muito bem resolvida. Eu tenho tantas coisas boas para dar a uma criança, tantas coisas que o dinheiro não compra, tantas ideias guardadas na cabeça e no coração para por em prática, tantos lugares bonitos, que muitas vezes ficam além da esquina, para mostrar e visitar junto com mãozinhas curiosas. Tenho tanta disposição e animação para descobrir o mundo novamente, através de olhos iguais aos do Papai, que não importa se for em um carrinho de luxo ou no colo, se for de chinelo chingling ou de marca, se for no restaurante a quilo ou no terraço plus.

Se eu dou o melhor para meus filhos? Depende do ponto de vista de cada um. Mas posso garantir que luto sempre para que o dinheiro não seja o MAIS importante em nossa vida!

Infância e tecnologia – como lido aqui em casa!

Vocês bem sabem que apoio uma infância livre para ser feliz, que pé de criança para mim tem que ser esfregado com bucha no fim do dia, pois vive encardido de brincar de pé no chão. Que busco em cada aprendizado meu e de meus filhos uma forma de resgatar o real significado e valor das coisas. Que vivo de uma maneira mais “retrô”, matriarcal e principalmente com respeito as fases de desenvolvimento de cada filho, sempre procurando não atropelar as coisas.

Mas vocês também sabem que tecnologia faz parte do meu dia a dia, seja no blog e nas redes sociais, onde encontro pessoas em diferentes lugares do mundo com
os mesmos sentimentos e objetivos que eu, seja com minha máquina fotográfica que registra com carinho as nossas aventuras e até mesmo com o celular, que vive na minha bolsa e é uma forma prática de direcionar meu olhar e meu coração para as pequenas belezas e fofuras da vida.

Mas como conseguir equilibrar o moderno e o antigo, alcançando o real e o virtual simultaneamente? E principalmente, como permitir que as crianças adentrem nesse mundo sem ser passando horas em frente a tv, computador e tablets?

Aqui em casa o uso é monitorado, mas sempre apresentado.

Com Bernardo normalmente uso de forma a estimular sua visão criativa e olhar pessoal sobre os detalhes da vida. Adoro quando ele pede para filmar ou fotografar algo do seu interesse. Sempre fico impressionada com a sua visão da situação e normalmente ele aparece com algum detalhe que eu sequer havia percebido. Fora a narração que ele faz, é muito amor guardado em pequenos segundos de gravação. Vejo isso como algo muito positivo, tanto para mim que posso enxergar detalhes do mundo através da percepção do menino, quanto para ele que desenvolve um olhar criativo e crítico a sua volta. E isso com pequenas coisas, como formigas atravessando a calçada por exemplo.

E com Natália uso sempre que ela berra sem parar quando estamos no trânsito. Quem, como eu, foi agraciada com um bebê que berra muito ao andar na cadeirinha, sabe direitinho do que estou falando. Uma criança calma no carro pode salvar vidas… Só quem já viu uma mãe praticando direção show-de-música-e-dança-para-bebês entende o quanto um filho berrando pode tirar a atenção de uma motorista. E normalmente ela se acalma imediatamente com um vídeo animado. (Isso não é uma forma de estimular, mas é única forma de uso com meu bebê, e dentro de uma balança de prós e contras, vejo esse uso como positivo).

Não vejo a tecnologia como uma vilã da infância, mas sim como uma forma a mais de mostrar o mundo aos filhos. Cabe aos pais procurar formas de fazer isso da melhor forma possível e principalmente servir de exemplo no dia a dia.

Uma hora eles terão acesso, nem que seja escondido (caso real, de uma colega de trabalho que descobriu que a filha de 11 anos, proibida de todas as maneiras de usar a internet, frequentava com as amiguinhas da mesma idade uma lan house).

Nenhum aparelho eletrônico é alguma coisa sozinho, todos precisam de um operador para funcionar, seja para as porcarias que existem por aí ou para ganhar o mundo. Então não dá mais para tentar negar isso para as crianças, precisamos como pais também estar preparados para guiar nossos filhos por esse caminho.

10 coisas que eu gostaria que meus filhos aprendessem

Disponibilizem seus ombros. Muitas vezes a vida nos faz chorar, mas saber que temos com quem contar faz todo o processo ser infinitamente mais fácil. Além de que poder consolar quem a gente ama é algo maravilhoso!

Não tenham vergonha de demonstrar o carinho um pelo outro. Com o passar dos anos ele não será mais em forma de beijinhos, mas nem por isso será menos importante. Deixem um pedaço daquele bolo preferido, façam uma ligação para oferecer a mão, chamem para um café… Procurem formas de sempre mostrar o que sentem e abram os braços para reconhecer o carinho que recebem.

Não façam da competição uma forma de se relacionar. Cada um tem seu espaço no mundo, e principalmente no mundo do amor familiar. Nunca se comparem, quem se compara ou sente-se inferior ou pensa que é melhor que o outro, e isso não é saudável para um relacionamento.

Os irmãos são um dos nossos primeiros professores. Nos ensinam a dividir e a lutar pelo que queremos. Nos ensinam traquinagens e como lidar com os pais. Nos ensinam a defender os interesses e a guardar segredos. Sejam humildes e sempre estejam com o coração aberto para aprender um com o outro.

Uma das piadas mais bem humoradas do mundo chama-se irmão. Vocês vão rir muito juntos, vão rir dos outros, mas principalmente vão rir um do outro. Façam isso com respeito e façam disso algo positivo em seu relacionamento.

Cada um de vocês terá seu momento de protagonista. Um dia de febre, uma apresentação na escolinha, a formatura, o casamento. Estejam sempre presente! Pois mesmo que desfocado lá no fundo da foto, lá no fundo do salão ou lá no fundo da platéia, sempre terá uma palavra, uma lembrança ou uma música que fará sua presença valer a pena!

Muitas das experiências que vocês terão na vida nós pais nunca ficaremos sabendo, mas vocês ficarão. Sejam cúmplices, sejam unidos e sempre, sempre cuidem um do outro!

“Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro.” (Theophile Gautier)

Guardem com carinho as memórias de infância. Elas tem o poder de nos transportar para bons sentimentos em segundos, mesmo estando do outro lado do mundo. Essas lembranças estarão repleta de histórias que vocês dividirão, e essas mesmas lembranças sempre serão o vínculo que vocês terão com suas raízes. Nem mesmo o alzheimer fará vocês esquecê-las, pois essas memórias não são armazenadas no cérebro, são armazenadas no coração!

E por fim meus filhos, saibam que a família é nosso porto seguro. Não somos o tempo todo sorrisos. Mas aqui vocês sempre encontrarão cumplicidade e apoio. Temos a nossa história própria, que sempre fará parte da forma que vocês verão o mundo. Temos os nossos valores, que sempre guiarão as suas decisões. E sinceramente espero que por muito tempo estejamos por aqui, para que vocês possam navegar o mundo inteiro, mas sempre tenham onde atracar com segurança!

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Eu reparei que você reparou que eu estava te reparando

Para aparecer basta colocar uma melancia no pescoço, já dizia minha professora da terceira série. Pois eu encontrei um método muito melhor, para aparecer basta colocar um sling e sair pela rua, pena que não tenho mais contato com essa prof.

Eu nunca fui a miss simpatia em pessoa. Sabe, aquelas pessoas que puxam conversa no banco do ponto de ônibus ou que param para perguntar algo a um estranho só porque ficou curioso. Isso somado ao fato de que tenho uma doença horrível e muito pior, ignorada ou motivo de piada entre meus queridos, sempre fui uma pessoa na minha.

Mas nunca pude imaginar que um dia eu iria parir o senhor amigo de todos, centro das atenções e candidato em época de eleições – Bernardo sou popular! O menino fez amizade com todos os vizinhos do prédio, com todos os lojistas da rua, com todos os distribuidores de papel de propaganda, estátuas vivas, sabe o nome do cachorro de quem caminha diariamente pelo calçadão… etc etc etc Tem tempo e disposição para falar sobre vídeo game, bicicleta, Angry Birds, fome e desnutrição, bolsa de valores…

Claro que eu aprendi a me abrir mais com as pessoas por causa do menino. Sem chance de ficar na minha carregando ele pela rua. E somando ele a um barrigão com uma versão novinha em folha, tinha que sair para a rua só quando tinha tempo de sobra. Tanto que no nascimento da Natália recebi muito mais visitas do que do Bernardo, a maioria foi conquista de amigos de sua nobre parte.

Mas nada disso se compara a sair de casa carregando cinco quilos de gente em um sling. Basta pisar no calçadão para perceber um “óinnn” coletivo. Coisa de louco. É tanta gente que para só para dar uma espiadinha para dentro do pano, com a cabecinha virada de ladinho, que não tem como ficar imune a tamanha simpatia do mundo.

Já desisti. Agora saio acenando para desconhecidos, sorrindo como a louca do mundo azul e cantando como se estivesse em um musical antigo.

Agora sobre o sling, simplesmente amei. Esse é o modelo wrap. Me adaptei super bem, mas não foi de primeira. A insegurança não ajudou muito. Também descobri que não é na hora em que o bebê está com cólica que você deve amarra-lo. Tem que fazer isso quando ele está bem, ou seja, não serve para curar cólicas, serve para preveni-las. Natália ama. Sente-se nitidamente muito confortável. E se todos os benefícios descritos por estudos ainda vierem de presente, super indico, pois é uma delícia carregar o bebê assim!

Confiram o texto inédito publicado na página da Pais & Filhos!

Hoje escrevi um texto falando como a culpa materna ajudou a me posicionar como mãe, e o quanto isso foi importante para me sentir segura na educação do Bernardo!

Leiam a matéria:

http://revistapaisefilhos.uol.com.br/sendo-pais/culpa,nao/confie-em-voce-sem-culpa

Coisa mais chic, né?

 

Pais superprotetores!

Ás vezes, o Paulo e eu levamos esse rótulo. E ás vezes quando observo alguns pais tão relaxados e absortos do mundo perto de seus filhos, acredito que sim, somos superprotetores.

Mas afinal, o que seria ser superprotetor?

Seria acompanhar as brincadeiras no parquinho de perto, levantando dos bancos preparados para pais, mães ou babás viajarem em pensamentos com olhar perdido e sem vida?

Seria levar na biblioteca pública e sentar no chão para ler as dezenas de livros para o filho e outros estranhos espectadores, enquanto seus pais se deleitam com a última revista da moda em uma mesa por perto?

Seria prever o risco de uma criança, que mal sabe andar, ficar em pé em cadeiras de plástico na sorveteria, enquanto os pais continuam viajando em um mundo que gera muito mais interesse que esse onde os filhos tentam chamar atenção das mais variadas formas.

Seria não perder o filho de vista em uma festa onde dezenas de pessoas estranhas circulam, mesmo ele já tendo 5 anos e todos os outros meninos passarem correndo por entre as mesas, pelo estacionamento, pelo parquinho e por onde seu discernimento e maturidade acharem melhor?

Seria intermediar a convivência da criança na sociedade, ensinando o que é aceito e esperado de um cidadão, ensinando a dividir a comida com outra criança, ensinando que cumprimentar os vizinhos no elevador é esperado e necessário, ensinando que empurrar, bater, morder, mentir, ser valentão não é bonito, ensinando que tirar vantagem dos outros não é certo, ensinando que pegar alguma coisa do outro e levar embora escondido não tem desculpa, e mais, prestar atenção o tempo necessário na criança para poder observar esse comportamentos para poder ensinar alguma coisa.

Sempre me questiono sobre as consequências de uma possível superproteção. Mas observando o Bernardo, vejo nitidamente que ele não se retrai na maioria das situações desconhecidas, se relaciona bem com conhecidos e desconhecidos (ás vezes até precisa de um pequeno freio), sai sozinho (mesmo que meu coração fique levemente apertado) com tias, madrinha e vó. E principalmente se relaciona bem com crianças da mesma idade.

E sinceramente o rótulo de superprotetora se encaixa muito mais com o que eu acredito e almejo para educação do meu filho do que o rótulo de negligente.

As pessoas também falam que com Natália tudo será diferente. Vamos ver, já mordi a língua tantas vezes em relação a educação de filhos que não me impressiono mais com grandes mudanças de meus pensamentos, mas digo com toda a propriedade de uma mãe que ama e participa: -O fato de saber que vou errar me deixa segura para fazer o que eu sinto ser o melhor!

Para esse ano novo só tenho uma meta!

Eu desejo um ano tão cheio de alegrias quanto o que passou. Desejo tantas risadas em família quanto tive. Desejo abraços de amor. Desejo olhares de compreensão. Desejo aprender, diariamente, e espero do fundo do coração que seja por amor. Desejo o meu peito inflado de orgulho. Desejo os meus braços, olhos e coração cheios de meus filhos. Desejo continuar de mãos dadas com meu esposo. Desejo saúde. Desejo respeito. Desejo sucesso. Desejo chorar de rir. Desejo chorar de emoção. Desejo escolher o caminho certo. Desejo realizar antigos sonhos. Desejo realizar sonhos que eu nem sabia que existiam. Desejo ver as pessoas que eu amo bem. Desejo paz.

E minha meta é, profunda e sinceramente, a fazer meu melhor para conseguir!

Feliz ano novo!

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