Bernardo e a pequena caixa de memórias

Tá certo que dos 7 anos até a minha idade atual existe um GRANDE espaço de tempo, mas as memórias que guardo da minha infância são muito vagas, um pouco é pela deficiência que tenho em manter as lembranças vívidas por muito tempo, mas também dado as condições da época, os artifícios que poderiam avivar a memória são muito escassos, poucas fotos, nenhum objeto guardado e ainda o distanciamento do local origem.

Pensando nas minhas poucas lembranças e no anseio de colaborar para que meus filhos possam manter mais intensas suas lembranças, resolvi fazer uma caixa de memórias para o Bernardo.

Pegamos uma caixa de papelão simples e colocamos ali coisas com as quais ele sempre teve mais apego e outras que são marcas que estarão sempre presentes na vida dele, como a foto com os amigos no primeiro ano, o primeiro sapatinho, medalha, boletim do primeiro ano, enfeite de porta da maternidade feita a mão pelo pai, cheirinho bordado pela mãe, primeiro caderno, primeiro livro e outras coisas mais.

Quando a Natália atingir os seus 7 anos de idade faremos uma pra ela também.

Fazendo uma caixa de memórias




O interesse dele por essa caixa hoje não é dos mais empolgantes, mas como está se encaminhando para os 8 anos de idade já começa a apresentar nuances de adolescência e sabemos que quando ele atingir essa etapa o normal é que vá para um “intracâmbio” e fique alheio aos assuntos familiares por um bom tempo.

Mas é normal também que depois desse período necessário de introspecção, no qual acontecem inúmeras descobertas sobre o mundo e sobre si mesmo, ele volte a se interessar pela família novamente e depois como adulto pode ser muito importante uma caixa com lembranças que facilitem sua reentrada em nossa órbita.

Fazendo uma caixa de memórias

Hoje eu acho que está sendo uma boa ideia, mas conversamos novamente dentro de uns 10 ou 12 anos pra ver o resultado 😉

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