Substâncias básicas que integram a composição de uma criança

Quando nascem, as crianças são compostas basicamente por fofurite, não tem como não identificar essa substância já no primeiro contato.

Nas primeiras horas de vida percebemos a presença marcante de fedentina e também de chorônio, este último é extremamente intenso e causa falta de tempo para dormir nos pais e deve persistir por vários meses.

Substâncias que compõem uma criança

Conforme a criança vai crescendo vamos percebendo a presença cada vez mais forte de algumas substâncias. O imitássio aparece frenquentemente e neste momento é importante atenção dos pais, pois essa substância é altamente aderente e muitas características podem ser facilmente absorvidas.

Birrantina e reinalina também estão bastante presentes e quando misturadas com irritato de teimosília, acabam afetando a paciência dos pais. Aconselha-se o uso de uma solução de toleranticilina associada a Educanol Firmezina.

Com o passar do tempo a casa é tomada pelo risônio, o qual muitas vezes é gerado pela exalação do gás do riso, que comumente está combinado com a fedentina. Mas de qualquer forma o chorônio volta a ficar presente no ar constantemente e com o passar do tempo só o que muda é a indução que o desencadeia, mas o resultado é o mesmo.

O espertássio é uma substância latente desde o nascimento, mas costuma se revelar e se fazer mais visível quando a criança começa a falar. Algumas ações movidas pelo espertássio podem encher os pais de orgulho, enquanto outras podem gerar momentos de vergonha, constrangimento e até nervosismo.

A conclusão é que em um contexto geral a mistura de todas as substâncias liberam altas doses de amorato infinitídico nos pais, o que provoca intenso brilho nos olhos, babas constantes e largos sorrisos.

 

 

Chove lá fora e aqui…

Aqui pelas bandas do sul do país a chuva não dá trégua. Chove tanto que não se faz mais precisão do tempo, agora se faz previsão de chuva para saber se vai chover muito ou pouco, mas para um dia de sol não há previsão. Brincadeira para dia com chuva

E enquanto isso as opções de distração vão acabando e a paciência dos pequenos vai indo junto. E aí vem o maior desafio, pois como é que podemos envolvê-las de alguma forma para aproveitar bem o tempo, criando momentos agradáveis pra todo mundo sem precisar gastar dinheiro e ainda administrando o tempo limitadíssimo entre uma tarefa aqui e um projeto ali.

Hoje quando o tédio deu sinal que ia se instalar por aqui, ligeiramente pegamos uma folha de papel, um lápis e duas crianças que não aguentavam mais ficar presos dentro de casa e abrimos a porta para a diversão com uma brincadeira muito simples.

É uma brincadeira antiga e muito conhecida, basta marcar pontos na folha usando o lápis formando um grande quadrado e cada um joga uma vez ligando os pontos e cada vez que alguém fecha um quadrado marca sua inicial dentro dele, no final é só contar quantos quadrados cada um tem e comemorar a vitória.

Brincadeira para dia com chuva

Neste caso o vencedor foi o Bernardo e olha que eu não facilitei. 😉

Tatuagem sensorial

Tatuagem sensorial é aquela atividade bacana, divertida e fácil, feita exclusivamente para aqueles dias que sua pilha já está no fim e seus filhos ainda estão com a corda toda! E para brincar disso você só vai precisar de uma caneta e pezinhos fofos.

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Minha mãe já brincava disso comigo e hoje em dia eu vejo como uma brincadeira coringa para momentos de distração para acalmar os ânimos. E o melhor, sem sair do sofá.

Por aqui a gente brinca de fazer um desenho em baixo do pé, e a pessoa tem que descobrir o que é. Isso rende muitas risadas, pois causa cócegas. E rende boas tiradas, pois a criatividade das crianças é incrível.

tatuagem-sensorial-com-caneta

E você pode incrementar o jogo. Se seu filho já está em fase de alfabetização, você pode fazer letras, por exemplo. Ou ir dando dicas do desenho. Dá para inventar muita coisa a partir de um jogo tão simples como esse.

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Normalmente a gente acumula tantas atividades que ao final do dia é muito comum não ter mais disposição para brincadeiras que envolvam bagunça, sujeira e afins. Mas os filhos estão ali, pedindo atenção e cheios de curiosidade para aprender. Uma brincadeira como essa pode ser uma fuga interessante para os conhecidos tablets e celulares. Além de criar memórias gostosas de carinho e atenção.

E o Papai Noel não existe mais

Ontem foi um dia especial para o Bernardo, pois ele cresceu um pouco mais e afastou-se mais um passo da infância em direção a adolescência.

E muito embora eu tenha sempre respeitado e me esforçado para manter o menino acreditando, minha opinião com relação a criar essa fantasia na vida dos filhos sempre foi controversa a opinião da maioria das pessoas.

cartão-de-natal

Além do fato de estarmos enganando eles descaradamente, ainda tem o agravante do incentivo ao consumismo, a distorção dos fatos, etc. Por aqui sempre buscamos trazer valores que somem pra vidinha deles e “tentamos” deixar de lado o consumismo, certamente que isso não é uma coisa fácil e nem sempre conseguimos. 🙁

E ontem no carro, enquanto voltávamos do mercado, ele lançou a pergunta derradeira: “Mãe, é verdade que papai noel não existe?”




Nos olhamos de canto de olho e acredito que nosso pensamento foi o mesmo: “E agora, José? Não nos preparamos pra isso…”

Eu não me atrevi a dar nenhuma resposta antes que a Diana se manifestasse, pois a pergunta foi direcionada a ela. E ela tentou romantizar a resposta dizendo que o Papai Noel existe no coração da gente e que existe essa magia, etc. Mas a réplica foi imediata e veio afiada, cortando fundo qualquer argumento evasivo.

Disse: “Não mãe, quem compra os presentes?”

E foi além, perguntou ainda como as pessoas muito pobres faziam, se ficavam sem presentes.

Diante das novas perguntas não sobrou alternativas a não ser dizer a verdade e confirmar o que ele deve ter ouvido na escola entre os amigos. E como era de se esperar a decepção tomou conta do coraçãozinho dele e caiu em lágrimas. Naquele momento eu imediatamente pensei em quanto eu estava certo e que com a Natália talvez isso fosse diferente.

Mas em seguida veio a minha lembrança o filme “Coisas que perdemos pelo caminho”, passei a refletir sozinho sobre o assunto e cheguei a conclusão que vou incentivar o Bernardo a manter essa fantasia para a Natália.

Creio que uma das mais gratificantes características humanas é estar aberto para absorver informações, processar e aprender, independentemente da fonte. E eu acredito que aprendi mais uma coisinha com meus filhos.

No transcorrer da vida nós perdemos muitas coisas pelo caminho e não há na história quem não tenha tido frustrações, decepções, amarguras, etc. E descobrir que papai não existe é só uma pequena amostra do potencial que a vida tem de nos apresentar situações frustrantes e isso nos faz mais fortes.

Continuo achando que o consumismo poderia ser muito menor do que é e que os valores humanos deveriam ser postos mais em evidência do que os presentes, mas daqui pra frente eu passo a encarar o bom velhino como uma leve preparação para as agruras da vida e uma contribuição para o crescimento.

Fazendo um vaso divertido com embalagem vazia

Nossa experiência desse mês nos remete a uma atividade que gostaríamos de ter condições de fazer mais com nossos filhos. A vida corrida em meio a agitação da cidade não nos permite lembrar como é importante o contato com a terra e com coisas mais simples.

Aliamos esta necessidade com a atividade de reutilização de materiais e com a aplicação das artes espontâneas do Bernardo e o resultado foi um vaso divertido com cara de um Minion (Ajudante do Sr. Gru do filme Meu Malvado Favorito).

Para fazer precisaremos de uma garrafa de refrigerante de 2,5 ou 3,0 litros, tinta para artesanato amarela e azul e pincéis, terra para jardim, EVA branco e preto, e uma plantinha que se assemelhe a um cabelo ouriçado (usamos uma mini samambaia, mas pode ser até mesmo um pé de cebolinha).

  1. Comece cortando a embalagem um pouco acima da metade;
  2. Faça alguns furos na parte de baixo para que não acumule água;
  3. Pinte toda a embalagem com a cor amarela, pinte mais de uma vez se for necessário;
  4. Depois de seca a tinta amarela, faça a jardineira do Minion com a tinta de cor azul. Aproveite a tinta azul e faça também as tiras dos óculos e a boca dele.
  5. Faça agora três círculos com EVA. Um maior (uns 3 cm de diâmetro) na cor preta, outro um pouquinho menor na cor branca e um terceiro bem pequeno na cor preta para ser a bolinha do olho. Cole-os usando cola quente e depois cole o olho no vaso;
  6. Agora é só encher o vaso de terra e colocar a plantinha que será o cabelo do Minion.

montagem post blog

Agora é só molhar, colocar em um lugar bem especial e ensinar as crianças a cuidar da plantinha. Nós fizemos o Minion, mas você pode variar de acordo com a sua criatividade e com os materiais que tiver a mão, separe uma criança entediada, os materiais, muita disposição e mãos à obra!

Dica: Oriente, mas deixe seu filho fazer ao modo dele. Não tente fazer a coisa mais perfeita do mundo, muitas vezes na intenção de obter o melhor resultado acabamos forçando nossos filhos e o momento que era pra ser agradável passa a ser uma tortura.

Este artigo foi publicado originalmente na edição de maio/2015 da Revista Educar

Porque cancelar a TV por assinatura foi o melhor negócio do ano

Houve um tempo que eu até cheguei a achar interessante uma linha nítida de mudança no comportamento do Bernardo através dos canais de televisão. Ele apenas se interessava pelo Discovery Kids (muito instrutiva, água com açúcar e blá, blá, blá…) e repentinamente passou a assistir e se interessar por Cartoon Network (onde passam episódios de Apenas um Show (10+), Hora de Aventura (10+), etc), eu pensei comigo:

– Meu filho está crescendo… e creio que deve haver uma medida de tolerância, pois se ele ficar só no Discovery vai ficar um molenguinho, mas se ficar só no Cartoon vai aprender um monte de coisa louca e que não deveria estar aprendendo com 6 anos de vida. Assim, se assistir ambos os canais haverá equilíbrio no aprendizado (!!??).28-365

Pois bem, quem é pai (e mãe) sabe, ou pelo menos deveria saber, que ao contrário do que pensamos quase sempre nossas conclusões estão erradas e se tivermos um pouco de discernimento e não pretendermos ser os donos da verdade, seremos capazes de aprender muito com essa magnífica convivência entre pais e filhos.

A verdade é que a natureza humana é bem mais complexa e, embora possa ser influenciada, independe de fatores externos para se manifestar. Ele vai crescer e formar suas opiniões com ou sem assistir o Fantástico, vai aprender palavrões mesmo sem ter ouvido unzinho sequer dentro de casa, vai despertar interesse por coisas novas e isso vai acontecer naturalmente.

Pouco há que possamos fazer para impedir que eles provem o doce e o amargo da vida e sintam o gosto por si mesmos. E pra dizer a verdade, não há porque investir esforços na tentativa de coibir certas ações..

Mas é nosso papel orientar, advertir, ensinar o que estiver ao nosso alcance e aprender junto com eles. A cada dia que passa eu acredito mais que a nossa presença na vida deles andando lado a lado, buscando ter uma relação de complacência e amizade será mais válida e mais duradoura que uma relação do tipo “eu lidero e você me segue”.

Nesse ponto é que entra a TV por assinatura (achou que eu tinha divagado e esquecido do título, né??). Repassar o que aprendemos como correto através de ordens e orientações, controlar o que eles veem na TV ou na internet, monitorar os amigos que eles têm, tudo isso talvez seja muito mais fácil do que tentar inserir-se no mundo deles, participar, fazer parte dos seus interesses e conquistar uma confiança despretensiosa.

Este ano resolvemos cancelar a TV por assinatura e no início pensamos que teríamos muita dificuldade por despedir a nossa babá, mas percebemos uma mudança clara em todos nós. A TV fica desligada por muito mais tempo e dispensamos mais tempo aproveitando o tempo pra sair de casa, pra brincar, pra estudar juntos e, consequentemente, pra misturar nossos mundos.

Como disse no início, não acredito que interferências externas, como a TV por exemplo, sejam decisivas na formação do indivíduo, mas posso garantir que a ausência ou redução de interferências externas nos permitem perceber mais de perto as necessidades dos filhos e influenciar de forma indireta no seu desenvolvimento.

Por isso a opinião aqui é unânime, “Cancelar a TV por assinatura foi o melhor negócio do ano”.

Um bolo de chocolate com bolinhas de Nescau Cereal pra finalizar o dia

Hoje cheguei do trabalho na correria porque a Diana tinha um compromisso e quando ela saiu pela porta a saudade apertou na Natália e o choro foi inevitável, mas se tem uma coisa que acalma os ânimos por aqui é fazer um bolo.

Mas o problema é que eu não sou um confeiteiro, digamos assim, muito habilidoso. Sorte minha ter em casa o Bernardo que tem vasta experiência em fazer bolos com sua mãe, então nos aventuramos os três na cozinha e… voilá!

Bolo de chocolçate com Nescau cereal

Só não vamos deixar a receita porque não lembramos de tudo que colocamos ela é secreta!

Aconteceu lá em casa – Mordida de cachorro!

Ontem almoçamos na casa da minha cunhada, que mora na parte de cima de uma casa de dois andares. Na saída, depois das despedidas, Bernardo correu na nossa frente, e um cachorrinho que pertence ao vizinho que mora em baixo o atacou.

Foi tudo muito rápido, aquele alvoroço, e Bernardo correu de volta para nós aos berros. Poderia ter sido só o susto de ter sido atacado, mas quando fui conferir suas pernas, constatei a dentada. O ferimento foi bem superficial, o local está com um leve edema e roxo. Não chegou a perfurar a pele, já vi mordida de criança contra criança muito mais violenta… hehe

Se o cachorro quisesse poderia ter feito um estrago muito maior, e ele não estava na rua atacando crianças, estava dentro do próprio pátio e agiu conforme seu instinto. Sou coerente e entendo isso. E exatamente por esse motivo é que acalmamos nosso filho e fomos para casa agradecidos.

Mas digo sinceramente que meus hormônios entraram em ebulição de uma forma, que para manter a compostura e educação, eu quase entrei em convulsão “raivil”!

Em três minutos o menino se acalmou, limpamos o ferimento, e hoje Paulo o levará ao setor se zoonose da cidade. Mesmo sendo tudo superficial, e com um cachorro doméstico, sabemos que prevenir nos deixará mais seguros.

Ontem a noite, enquanto eu conferia sua perna, Bernardo me perguntou:

-Mãe, porque você não falou para eu não correr?

Tive vontade de falar para ele que nunca vou conseguir prever todos os perigos do seu caminho, e o quanto temo por isso. Por saber que não posso protegê-lo de se machucar, por fora e por dentro. Que não posso prever o futuro, nem enxergo além da parede. E que cada dia mais ele terá que caminhar sozinho, e que por mais que eu quisesse que fosse diferente, faz parte de seu crescimento e desenvolvimento.

Tive vontade de falar também de todos os perigos que eu vejo e tento avisá-lo, mas que ele por querer se posicionar como pessoa, ou por querer provar que eu estou errada, vai lá e faz mesmo assim. E que se eu pudesse passaria a vida segurando a sua mão, mas que é ele próprio que quer soltar e descobrir o mundo.

Tive vontade de falar que eu já tinha me questionado a respeito disso, afinal sabia que lá em baixo tinha um cachorrinho, e mesmo assim não me lembrei a tempo de protegê-lo, e o quanto eu queria que tivesse sido em minha perna. (Tá, na perna do Paulo. Não quero prejudicar a Natália também… hehe)

Mas não disse nada disso. Apenas falei que nós dois podemos aprender com essa lição. E o quanto ele tinha sorte por ter sido um machucado tão pequeno, e que eu queria que ele tivesse mais cuidado com cachorros.

Histórias para a sua vida!

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