Não cresçam rápido demais

A tarefa de criá-los fortes, independentes e capazes de encarar o mundo que existe além das seguras paredes da nossa casa, algumas vezes, revela nuances quase inadmissíveis de uma certa fraqueza.

ensinar aos filhosFilhos crescem, isso é fato. E sei que o processo de crescimento é excitante, pois descobrem coisas novas todos os dias e muitas de suas descobertas acontecem longe de nossos olhos, fora do nosso controle e, ainda que gradativamente, vão escolhendo o assento que mais lhes agrada nos vagões da vida.

Sinto que há tanto para ensinar ainda e já não querem mais aprender com os pais, descobrem diariamente outras fontes de conhecimento e aquilo que temos para oferecer começa ser insuficiente.

Sim, é motivo de alegria que estejam buscando sua própria forma de pensar, que se definam por si próprios e que queiram trilhar seus próprios caminhos, mas é inegável que existe algo que pressiona fortemente o peito quando percebemos que rompantes de independência surgem frequentemente, desde o simples fato de passar a dormir em seus próprios quartos até o momento em que decidem deixar a casa, a cidade ou até mesmo o país.

Portanto filhos, sejam pacientes, pois assim como vocês, também estamos aprendendo a assimilar estas mudanças e sabemos que logo teremos que levantar destes nossos confortáveis assentos e tomar outros lugares que nos permitam novas experiências durante nossa viagem nesses vagões da vida.

Certamente chegará o dia em que vocês não caberão mais em nossos velhos e ultrapassados conceitos, mas estou certo que sempre caberão em nossos abraços.filhos crecendo

Os filhos e aqueles velhos moldes

Existem muitas coisas que achamos que já sabemos sobre a educação de nossos filhos, mas que precisamos muito aprender e algumas vezes são eles mesmos que nos ensinam.

Definitivamente, filhos não são uma extensão daquilo que nós somos ou, pior ainda, daquilo que gostaríamos de ter sido.

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Se você tentar colocá-lo em um molde incompatível, irá causar injúrias e ele não vai funcionar direito. Esteja certo que ele vai fazer o possível pra se encaixar, mas não será feliz e sairá machucado, com uma terrível sensação de impotência e incapacidade.

Nós, pais, não somos o único apoio dos filhos, mas fomos o primeiro apoio e somos aquele que nunca lhes faltará, por isso é importante que se sintam seguros conosco, não pela insegurança gerada por uma superproteção, mas pela confiança conquistada, muitas vezes por um simples momento de silêncio, e que não se mede em palavras.

Não seja negligente, mas não se preocupe excessivamente se ele demorar pra aprender a escrever, se ele não souber fazer contas de cabeça, se não for melhor aluno da sala ou se não lembrar quem descobriu o Brasil.

Mas preocupe-se, e muito, se seu filho for mal educado com a professora, preocupe-se se eu filho for arrogante com os colegas, preocupe-se se ele trapacear e quiser tirar vantagem dos outros, preocupe-se se ele não souber respeitar as pessoas, incluindo você.

E aos meus filhos eu deixo um pequeno recado, já dito em outro texto: Não eduquem seus filhos como nós os educamos, façam melhor. Mas não esqueçam de observá-los e de observar a si mesmos, pois somos todos essencialmente únicos.

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