Sobre abrir mão do próprio espaço.

Desde que nascemos buscamos um lugar no mundo. Lutamos com os irmãos por atenção dos pais, com os primos por atenção dos avós, com os colegas de aula por destaque.

E depois de adultos então… Só deixamos as espadas de lado, mas a luta por um lugar só nosso é cruel!

E não falo só por um lugar no mercado de trabalho. Falo de vaga de estacionamento, de uma mesa boa no restaurante, do lugar mais legal na areia da praia, do lado mais fofinho do sofá. Sempre pensamos primeiro na nossa barriga, no nosso frio, no nosso lugar na foto, na mesa, no banho, na cama.

Até que nasce um filho. E a gente fica perdidamente apaixonada.

A imagem é com cachorros. Mas consigo imaginar muito bem uma mãe e um bebê.

52 weeks e como ser mãe de um artista.

Toda criança é um artista nato. Eles são palhacinhos, fazem tudo para agradar os pais, cantam, dançam, decoram poemas, fazem saltos mortais no sofá, se penduram de cabeça para baixo na cadeira, essas coisinhas básicas.

Mas a maioria muda completamente na presença de estranhos. Escondem-se atrás das pernas da mãe, ficam mudas, engolem quatro dedos e fazem cara de medo.

Pois aqui em casa é diferente. O Bernardo conversa com qualquer adulto ou criança que estiver disposto (as vezes tem adulto que ignora e isso parte meu coração, criança eu até entendo, mas quando é um adulto…). Ele faz perguntas, se inclui no grupo, responde na frente dos outros.

Nunca desde que aprendeu a falar pediu para eu perguntar algo para ele, pelo contrário, eu tenho que por um freio as vezes, pois corro o risco de ele pedir comida na mesa do vizinho do restaurante se parecer mais apetitosa que a dele.

Agora, a parte de palhaçada, é um capítulo a parte. Se alguém der o mínimo de atenção para algum de seus inúmeros shows, aí que ele se solta. Canta, dança, sapateia, faz números de dança russa, frêvo, interpretação, toca instrumentos musicais imaginários, entre outros.

Fico impressionada com a sua desenvoltura em público. E muito orgulhosa. Acho que devia começar a cobrar ingresso… hehe

Esquecimento seletivo.

O cérebro, esperto como só ele, armazena milhares de informações por dia. Algumas muito relevantes, outras nem tanto.
E em sua imensa sabedoria pega essas informações e organiza, mandando cada uma para um arquivo específico e algumas para a lixeira.
Pois o meu, um cérebro cheio de personalidade, além de mandar para a lixeira informações de onde guardei a chave, onde coloquei as centenas de comprovantes, sair com sombrinha e voltar sem, essas coisinhas corriqueiras, sabe? Também manda para a lixeira as pessoas.
E vou contar, que coisinha mais constrangedora essa.
Inúmeras vezes passei por situações que conseguiram me deixar corada.
Simplesmente não me lembro dos colegas do ex trabalho do Paulo, nem dos da minha mãe, não me lembro de quem já atendi, ou por quem já fui atendida, não me lembro de algumas pessoas que já foram colegas de outras turmas na escola, não me lembro de quem conheci ontem no curso.
E assim, sigo caminhando e cantado e seguindo a canção sem cumprimentar as pessoas na rua.
Mas me diga você, quem cumprimenta desconhecidos o tempo todo? Não sou candidata política nem nada.
As vezes quando conheço alguém e gosto, eu aviso: -Amanhã vamos cruzar na rua e não vou nem te olhar, tá? Não sou metida nem antipática, está mais para louca mesmo…
-Eu esqueço as pessoas mais ou menos conhecidas.
-Com que frequência?
-All the time!
Se você já foi, ou um dia vier a ser, vítima da minha antipatia, não diga que não avisei. E não mostre a língua.

Se tem coisa melhor no mundo, eu desconheço!

Tem coisa mais gostosa no mundo do que acordar quando os olhos quiserem, olhar para um dia lindo de sábado e ficar brincando na cama de montar aliens?

Quem diz que esses são os pequenos prazeres da vida deve ser míope, pois esse misto de gargalhadas, histórias, beijos, abraços, travesseiradas e muito amor, é um prazer tão grande que chega a doer no peito!

Na dúvida, escolha o clássico!

Em cada novo desfile de moda, uma determinada marca não lança somente um conceito para as roupas. Todos lançam junto, além de outras coisas, tendências de maquiagem.
E não estamos falando de um desfile único, mas de dezenas de desfiles que são responsáveis por tudo que encontraremos nas prateleiras do capitalismo.
Difícil é ficar ligada em cada nova nuance, em cada novidade que muda mais rápido que as estações.
Por isso a minha dica é: na dúvida opte pela elegância do clássico. Melhor do que correr riscos e chamar a atenção de forma inadequada.

Se você não gosta do clássico, gosta de seguir fielmente as tendências, então a dica é: Dê as mãos ao bom senso.

E para terminar com chave de ouro, imagens do Oscar 2012. A prova real do reinado do clássico. E o melhor, uma para cada dia da semana!

Morder a língua com dignidade é uma arte!

Quem nunca apontou o dedo em riste e discursou sobre algo que achava o fim, criticando do alto da sua superioridade e pedestal inabalável, para em seguida cometer o mesmo erro, não sabe o que significa a expressão: “A língua é o chicote da bunda!”

Essa semana, depois de uma chicotada que deixou um vergão bem definido, fiquei pensando mais sobre o assunto.
É tão difícil reconhecer os próprios erros, e depois de reconhecer é tão difícil controlar suas ações sem poder controlar o meio.
Acho que o grande desafio da vida é parar de procurar desculpas para não mudar, ser lúcido o suficiente para reconhecer seus próprios defeitos e forte e disciplinado o suficiente para se controlar.
Principalmente porque a maior forma de educar um filho é pelo exemplo.

Por isso morder a língua as vezes é um mal necessário. Faz a gente pensar um pouco no julgamento que damos para a vida, principalmente para a vida dos outros.

Meu curso de corte e costura.

Eu sempre quis costurar. Desde pequena.
Mas como uma Bela Adormecida fui protegida de qualquer agulha que pudesse furar meu dedinho e me levar ao sono eterno.
Tá bom, sei que sou exagerada. Mas a verdade é que minha mãe nunca gostou muito de coisas manuais. E assim, nunca tive o exemplo da minha própria mãe costurando vestidinhos de chita para eu ir a pré escola.
Final do ano, quando ganhei minha tão desejada máquina de costura, li o manual exaustivamente até aprender coisas banais como passar o fio na máquina. O pensamento sempre era, com todo respeito, se até uma senhora cegueta consegue, eu também conseguirei!
Tudo bem, já superei essa fase. Até preguei, sozinha, um zíper maisoumenosinvisível! Numa vibe, cadê o zíper? Achooou! Cadê o zíper??? Achooou!
O fato que é fui procurar um curso de corte e costura. Aprendi a tirar medidas, fiz moldes, e até me sinto digna levando a fita métrica pendurada no pescoço, embora me atrapalhe um monte (mas novamente me inspiro na senhora cegueta).
E semana passada comecei minha prática costurando um eslaque. Tá bom, tá bom, uma calça.
Muitos dedos furados (coleguinhas de aula não devem ficar emprestando alfinete uma para as outras, risco de contaminação… hehe), muito bolso feito e refeito, muito arrependimento por não ter escolhido uma saia longa, e uma calça tomando forma!
Prometo fotos!

Chegou minha máquina nova.

Upgrade na minha vida de fotógrafa e na vida do blog! E um merecido aposento para a minha super usada sony h7.

Comprei uma Canon T3. Entre milhares de opções claro que eu queria a top top. Mas li um monte sobre a grande diferença na fotografia, que na verdade não está totalmente no equipamento, mas sim em quem o manuseia. Então escolhi essa que coube direitinho no meu bolso e servirá muito bem as minhas necessidades.

O foco do blog vai muito além da minha visão pessoal sobre a criação de filhos. E aos poucos com as ferramentas necessárias o crescimento surgirá.

E agora o que fizemos hoje a tarde, enquanto conhecíamos e testávamos o novo brinquedinho!

Todas as fotos usando lente 50 mm.

A companhia de um bom livro…

…faz eu perder o interesse pelas coisas. Sério. Por isso eu tenho que ler com intervalos regulares.
Não sou uma pessoa que consegue ler um parágrafo antes de dormir todos os dias. Quando estou interessada em uma história as coisas ao redor perdem um pouco o sentido. No horário do café no meu trabalho, por exemplo, ao invés de ir comer e conversar com as colegas, me escondo para ler. E olha que nesses cafés, enquanto a gente fala de filhos e resolve o problema da vida dos outros, entre uma gargalhada e outra, eu tenho muita inspiração para escrever.
Fora o fato de me envolver com os personagens. Mas acho que isso tem relação com a minha imaginação sem limites, que sempre acaba acrescentando a história coisas que o autor do livro não escreveu.
E isso está acontecendo no momento. Estou lendo Cheio de Charme escrito por Marian Keyes, e enquato o livro não acabar, e eu estiver presa nessa crackolândia da leitura, a minha compulsão pelo fim também não acaba. Depois vem uma tristeza pós fim de livro, um vazio por não estar lendo nada, e por fim volto ao normal.
Então espero mais uns meses para me envolver com algum novo livro, e ter uma recaída compulsiva. Ou isso, ou perco o marido… e as leitoras.

 

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