Eu reparei que você reparou que eu estava te reparando

Para aparecer basta colocar uma melancia no pescoço, já dizia minha professora da terceira série. Pois eu encontrei um método muito melhor, para aparecer basta colocar um sling e sair pela rua, pena que não tenho mais contato com essa prof.

Eu nunca fui a miss simpatia em pessoa. Sabe, aquelas pessoas que puxam conversa no banco do ponto de ônibus ou que param para perguntar algo a um estranho só porque ficou curioso. Isso somado ao fato de que tenho uma doença horrível e muito pior, ignorada ou motivo de piada entre meus queridos, sempre fui uma pessoa na minha.

Mas nunca pude imaginar que um dia eu iria parir o senhor amigo de todos, centro das atenções e candidato em época de eleições – Bernardo sou popular! O menino fez amizade com todos os vizinhos do prédio, com todos os lojistas da rua, com todos os distribuidores de papel de propaganda, estátuas vivas, sabe o nome do cachorro de quem caminha diariamente pelo calçadão… etc etc etc Tem tempo e disposição para falar sobre vídeo game, bicicleta, Angry Birds, fome e desnutrição, bolsa de valores…

Claro que eu aprendi a me abrir mais com as pessoas por causa do menino. Sem chance de ficar na minha carregando ele pela rua. E somando ele a um barrigão com uma versão novinha em folha, tinha que sair para a rua só quando tinha tempo de sobra. Tanto que no nascimento da Natália recebi muito mais visitas do que do Bernardo, a maioria foi conquista de amigos de sua nobre parte.

Mas nada disso se compara a sair de casa carregando cinco quilos de gente em um sling. Basta pisar no calçadão para perceber um “óinnn” coletivo. Coisa de louco. É tanta gente que para só para dar uma espiadinha para dentro do pano, com a cabecinha virada de ladinho, que não tem como ficar imune a tamanha simpatia do mundo.

Já desisti. Agora saio acenando para desconhecidos, sorrindo como a louca do mundo azul e cantando como se estivesse em um musical antigo.

Agora sobre o sling, simplesmente amei. Esse é o modelo wrap. Me adaptei super bem, mas não foi de primeira. A insegurança não ajudou muito. Também descobri que não é na hora em que o bebê está com cólica que você deve amarra-lo. Tem que fazer isso quando ele está bem, ou seja, não serve para curar cólicas, serve para preveni-las. Natália ama. Sente-se nitidamente muito confortável. E se todos os benefícios descritos por estudos ainda vierem de presente, super indico, pois é uma delícia carregar o bebê assim!

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