Cheiro de biscoito, preguiça com pijama e uma receita de praticidade!

Sabe aquele cheiro de café passado e biscoito quentinho que invadem nosso nariz, sentimentos e humor antes mesmo de tirar o pijama (suspiros)?

Normalmente eu não sei o que é isso, na correria do dia a dia a gente sempre acaba perdendo esses pequenos prazeres que eu adoraria que fizessem parte da rotina. Mas no fim de semana sempre acabo fazendo tudo com mais calma e com mais carinho, para que nossa rotina seja muito mais do que seguir regras, seja regada de aconchego em cada detalhe.

Vocês bem sabem que adoro levar Bernardo para cozinha comigo, principalmente agora com Natália e uma divisão não tão justa de tempo entre os dois, esses momentos de cozinha acabam sendo uma dedicação total para o menino. Nem todas as nossas peripécias vem parar no blog, muitas são únicas e exclusivas para nosso arquivo de lembranças pessoais. Mas sempre que encontro ou que façamos algo muito legal, trago aqui para compartilhar com outras famílias que também gostam desse exercício.

Então que recebemos em casa dois kits de receitas prontas para testar. Uma era de cookies de cranberrie com amêndoas e a outra de biscoitos integrais com castanha do pará. São receitas prontas mas prometem não ter nenhum adicional de conservante e afins, são basicamente os ingredientes bem embaladinhos e na medida certa. Basta acrescentar um ovo e 100 gramas de manteiga e não tem como dar errado. Perfeita para quem não tem muita habilidade e gostaria de se aventurar mais pela cozinha. Perfeita para ter guardado para aquela eventual visita que chega, pois fica pronto em 20 minutinhos e tem cara de coisa muito chique. Perfeita para um fim de semana de preguiça, de pijama, mas com um toque especial!

Esse post não é um publieditorial, mas se você quiser conhecer mais da proposta dos kits acesse Chez moi chez toi.

Tinta puff passo a passo

Como foi o feriadão por aí? Por aqui foi muito tranquilo, eu nem pensei em sair de casa para passear, meus rebentos não gostam muito de trânsito em dias normais, imagina eu com a possibilidade de ficaram parados em congestionamento? Nem nos arriscamos. Passamos os quatro dias em casa juntinhos em um misto de praça, parque, chão da sala, algumas farras culinárias com Bernardo e hoje para fechar com chave de ouro uma bagunça envolvendo tintas.

Vi essa receita de tinta caseira em um grupo de homeschool que participo no facebbok e me animei em tentar por aqui. A tinta chama-se puff, pois depois de pronta ela cresce, seca e fica com um aspecto fofinho. E para reproduzir usamos ingredientes caseiros e de fácil acesso.

Bernardo ficou interessadíssimo no processo químico, já que um dos ingredientes é fermento de bolo, e tudo que envolve experiências deixa sua atenção super aguçada. E Natália não estava convidada para participar da brincadeira, mas como vocês poderão ver ela também participou a-ti-va-men-te, avacalhando com o trabalho do menino.

Os ingredientes da tinta são:

– uma colher de fermento químico

– uma colher de sal

– três colheres de farinha

– água para ficar em uma consistência de tinta (vá misturando aos poucos)

– corante alímentício

Basta misturar tudo e ir mexendo para formar a tinta. É fácil e rápido, eu fiz tudo com uma colherinha de chá e rendeu um bom potinho da mistura. Essa parte é muito legal para uma criança mais velha, ver a reação química da coisa é realmente muito curioso. Já Natália acreditou do fundo do coração que eu estava preparando uma papinha bem deliciosa e ficou resmungando que queria provar.

E para dar o efeito puff vem a parte mais legal ainda, basta depois de estar com o desenho pronto, levar o papel (que deve ter uma gramatura mais dura, nós usamos um pedaço de bismark) para o micoondas por uns trinta segundos.

Esse azul ficou com uma cara de fundo do mar! Da próxima vez que brincarmos disso por aqui vou pensar seriamente em fazer um desenho mais elaborado com a ajuda do Bernardo. Mais uma vez o menino ficou impressionado com o resultado, eu também, pois realmente é diferente e curioso.

E por fim deixei Natália sentar e brincar como ela queria. E a experiência acabou sendo também sensorial. Todos os ingredientes eram tranquilos para ela manusear e arrisco dizer que todo o trabalho valeu mais por ela do que por Bernardo. Ela simplesmente ficou encantada com toda a bagunça e liberdade de se deliciar com a tinta. E eu né, o que posso falar? Quem nunca sonhou em ter que lavar um bebê smurf? #sqn

Nossas pequenas memórias e o que eu não vou ensinar para Natália

Bernardo essa semana me pediu algo inusitado durante um almoço comum. Fez várias e várias voltas até enfim chegar ao ponto que queria. O menino me pediu para lhe ensinar um palavrão. _Sabe o que é, mãe. Só para caso eu ouvir por aí posso chamar a polícia bem ligeiro.

Ri por dentro. Senti tanto amor por sua inocência. Senti tanto carinho por sua forma de se expressar. Aqui em casa a gente não costuma falar palavrão, mas sei que agora que ele começou a frequentar a escola vai se envolver com crianças com criação diferente e inevitavelmente vai descobrir coisas cabeludas por aí. Senti que mais uma vez ele cresceu diante de meus olhos. E então lhe ensinei um palavrão. E mais uma vez ri quando ele falou pensando que estava transgredindo o mundo. Expliquei que era feio, que eu não gostaria que ele ficasse repetindo por aí e que não precisava chamar a polícia caso ouvisse alguém falar isso.

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Essa semana, mais precisamente ontem, em um dos vários momentos que me pego observando a relação dos dois, presenciei uma cena nova. Natália sentou na porta da varanda e ficou fazendo tentativas frustradas de pinçar uma formiguinha. Provavelmente ela tinha intenção de provar a iguaria. Antes mesmo de eu me manifestar a respeito, Bernardo correu para perto dela e começou a explicar sobre os costumes e a vida das formigas. Há não muito tempo atrás eu sentei nessa mesma porta e ensinei para ele muitas das coisas que ele estava repetindo.

Peguei a máquina fotográfica e registrei o momento sem nem mesmo eles perceberem. Gosto de fazer isso. Amo guardar pequenos momentos roubados de nossa rotina. Momentos únicos, só nossos e que fazem esse exercício diário e o projeto 365 valerem tanto a pena.

E então me dei conta das coisas que não vou ensinar para Natália. Coisas pequenas e simples que não serão nossas, assim como foi com o Bernardo. Faz parte do pacote de ser segunda filha e de ser mãe de dois. Talvez seja mais fácil ou mais simples dessa forma, mas foi estranho ver essa cena. Mais uma vez me senti inundada de um amor gigante, junto com um sentimento diferente, talvez um pequeno sentimento de perda pelas coisas que não farão parte da nossa vida juntas.

Natália nunca vai precisar que eu lhe ensine um palavrão. Certeza!

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E esses foram os melhores momentos das fotos do projeto 365 dias das últimas semanas. Um misto de rotina, diversão e muito amor.

Se você quiser acompanhar o projeto diariamente siga nosso IG @inventareideias

 

Touca retrô passo a passo

Eu sou simplesmente apaixonada por essa touca retrô. Dá uma ar tão infantil, tão querido e tão delicado para os bebês, que eu sempre quis costurar para minha filha. Desde que ela nasceu fiz tentativas, depois veio o verão e eu deixei para lá, mas agora com a entrada do outono e esse ventinho frio no fim da tarde, resolvi separar um tecido e confeccionar novamente essa fofura deliciosa!

É até engraçado passear com ela na rua. Não tem uma só pessoa que não ache a coisa mais fofa desse mundo. Além de estar protegida. Sinceramente me derreto quando consigo preparar algo para meus filhos com as próprias mãos. É um sentimento muito gostoso!

Natália está em uma fase muito encantadora. Além disso a menina é o charme em pessoa e simplesmente adora carregar coisas na cabeça! Vive fazendo gracinhas e nos faz rir o tempo todo.

E como já recebi de diversas leitoras o pedido de um passo a passo especial, dessa vez caprichei! Encontrei um vídeo em espanhol, mas todo visual, que serve perfeitamente para quem quer se aventurar a costurar essa peça linda.

Quem fez o vídeo foi o blog super inspirador e cheio de dicas maravilhosas Oh mine mother, que inclusive dispõe dos moldes para download nesse link.

Assista e depois vem me contar se não é super fácil!




www.escoladecosturar.com.br

Clube de mães, uma lata amassada e o fim da minha pretensão artística.

Eu cresci em uma cidade com pouco mais de 7 mil habitantes. Dá para imaginar o que é isso? É uma ruela em São Paulo. É 10% do público que enche o Maracanã.

Cresci praticamente um bicho do mato. Então que eu queria fazer um curso de algo tipo pintura, cerâmica, desenho pós moderno, sei lá. E claro que tinha gente que ria da minha pobre cara deslavada.

Decidida a correr atrás dos meus sonhos juvenis e cansada de receber chacota de meus próprios pais, na altura de meus nove anos de idade, procurei o clube de mães. Bati em suas portas que abriam toda terça-feira e explicando que ainda não tinha filhos, pedi encarecidamente uma vaga para aprimorar meu talento artístico. E assim um dia por semana eu pegava meu isopor encapado com uma folha listrada de verde e branco e ia feliz aprender a pintar panos de prato. Assim floresceu em mim essa vertente que vocês bem conhece. 9 anos. Clube de mães. Pano de prato.

Então que estava eu folheando uma revista de decoração super chique. E no meio da leitura me deparei com uma obra que estava em exposição para venda. A obra era uma peça de metal e uma marreta. O valor da obra era R$ 40,000.00 caso fosse amassada pelo autor, mas se caso o próprio cliente quisesse amassar o valor ficaria a bagatela de R$ 20,000.00 .

Essa obra me trouxe tantos pensamentos de tantas formas diferentes que poderia na verdade ser um livro de filosofia. Para começar eu não pagaria esse valor por uma obra (não me julguem, pessoa pintadora de panos de prato, lembram?). E também admiro muito o autor pela capacidade de valorização do próprio trabalho, porque né, eu me sentiria no mínimo insegura tendo essa ideia. E mais, passei a perceber que toda a sensibilidade artística que eu pensava ter era na verdade balela, pois veja bem, eu não conseguia ver beleza na dita cuja obra, muito menos a força da natureza humana, com a expressão do sofrimento da pessoa, envolto na couraça da escravidão da alma acorrentada do ser. Admiro quem consegue.

Em compensação minha gente, eu consigo olhar para um biscoito decorado e enxergar amor e carinho! Consigo pensar em uma pessoa feliz amassando manteiga com farinha. Consigo me sentir abraçada por alguém que teve tamanho cuidado com algo tão simples e delicado. Vai entender!

Poderia eu culpar minha infância no mato, poderia eu culpar minha origem humilde, poderia eu culpar as colegas do clube de mães. Mas não, só estou aqui fazendo tentativas de biscoito decorado enquanto choro lágrimas de emoção e frustração em meu próprio pano de prato.

Oi, eu sou um biscoito decorado que deu mais ou menos certo 🙂

Receita, passo a passo e blogueira coerente no thecookieshop!

Paraquedas de brinquedo passo a passo

Bernardo e eu fizemos juntos um paraquedas para um boneco que ficou um xuxu de legal. Serviu para tirar o menino do combo TV/computador/celular e ainda rendeu umas boas risadas em família. Aéreo dinâmica não é o meu nome, mas até eu consegui fazer uma manobras legais com o paraquedas de brinquedo.

Procurar alternativas para dar uma atenção integral para o Bernardo é uma coisa que faço com prazer, pois com Natália cada vez mais ativa, esses momentos estão ficando cada vez mais escassos. E dessa forma muitas vezes papai vai passear com a menina na rua e nós dois podemos juntos fazer algo só para ele. E eu posso enfim dar ouvidos integrais a todos os mães que ele consegue falar por segundo. E não são poucos!

Se você se identificou com a cena separa aí uma tesoura, fita adesiva, um guardanapo de decoupage (aqueles mais resistentes e decorados), um pedaço de lã, um furador, um bonequinho, chama a criançada e vão ser feliz.

Para começar enrole as quatro pontas do guardanapo, uma a uma, e cole fita adesiva na frente e atrás. Por cima da fita adesiva faça os furos (um em cada ponta). A fita servirá para dar segurança ao fio, e impedir que o guardanapo se rasgue durante a brincadeira.

Em seguida amarre um pedaço de fio de lã em cada furinho, depois una dois a dois, conforme a figura. Eles que prenderão o nosso aventureiro ao paraquedas.

Por fim é só prender os braços do boneco nos fios e correr para a diversão. Não dá para brincar dentro de casa, pois precisamos de mais altura para o paraquedas funcionar. Então aproveite um fim de tarde gostoso e se divirta com as crianças fazendo experiências e acrobacias aéreas!

Esse post foi feito especialmente para edição de abril da nossa coluna mensal na revista Educar.

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