Pais superprotetores!

Ás vezes, o Paulo e eu levamos esse rótulo. E ás vezes quando observo alguns pais tão relaxados e absortos do mundo perto de seus filhos, acredito que sim, somos superprotetores.

Mas afinal, o que seria ser superprotetor?

Seria acompanhar as brincadeiras no parquinho de perto, levantando dos bancos preparados para pais, mães ou babás viajarem em pensamentos com olhar perdido e sem vida?

Seria levar na biblioteca pública e sentar no chão para ler as dezenas de livros para o filho e outros estranhos espectadores, enquanto seus pais se deleitam com a última revista da moda em uma mesa por perto?

Seria prever o risco de uma criança, que mal sabe andar, ficar em pé em cadeiras de plástico na sorveteria, enquanto os pais continuam viajando em um mundo que gera muito mais interesse que esse onde os filhos tentam chamar atenção das mais variadas formas.

Seria não perder o filho de vista em uma festa onde dezenas de pessoas estranhas circulam, mesmo ele já tendo 5 anos e todos os outros meninos passarem correndo por entre as mesas, pelo estacionamento, pelo parquinho e por onde seu discernimento e maturidade acharem melhor?

Seria intermediar a convivência da criança na sociedade, ensinando o que é aceito e esperado de um cidadão, ensinando a dividir a comida com outra criança, ensinando que cumprimentar os vizinhos no elevador é esperado e necessário, ensinando que empurrar, bater, morder, mentir, ser valentão não é bonito, ensinando que tirar vantagem dos outros não é certo, ensinando que pegar alguma coisa do outro e levar embora escondido não tem desculpa, e mais, prestar atenção o tempo necessário na criança para poder observar esse comportamentos para poder ensinar alguma coisa.

Sempre me questiono sobre as consequências de uma possível superproteção. Mas observando o Bernardo, vejo nitidamente que ele não se retrai na maioria das situações desconhecidas, se relaciona bem com conhecidos e desconhecidos (ás vezes até precisa de um pequeno freio), sai sozinho (mesmo que meu coração fique levemente apertado) com tias, madrinha e vó. E principalmente se relaciona bem com crianças da mesma idade.

E sinceramente o rótulo de superprotetora se encaixa muito mais com o que eu acredito e almejo para educação do meu filho do que o rótulo de negligente.

As pessoas também falam que com Natália tudo será diferente. Vamos ver, já mordi a língua tantas vezes em relação a educação de filhos que não me impressiono mais com grandes mudanças de meus pensamentos, mas digo com toda a propriedade de uma mãe que ama e participa: -O fato de saber que vou errar me deixa segura para fazer o que eu sinto ser o melhor!

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