Look retrô para o inverno.

Quando encontrei esse chapéu anos 20 em uma loja aqui em Jaraguá, delirei. É difícil achar por nossas lojas acessórios que fujam um pouco do estilo comum. Obrigada Sol&Chuva.

Adoro esse toque pin-up em um look comum. Adoro sair um pouco da seriedade, embora ainda estou tentando equilibrar a minha briga interna entre a vontade de ser ousada e a vergonha de ser ousada. Mas estou melhorando, esses dias sai para jantar de boina, e nem senti vontade de andar com pincéis na mão e uma tela no braço.

Agora com uma blusa mullet e um chapéu clochê preparei o meu primeiro e tímido look do dia. Os próximos irão contar com uma peça costurada por mim.

E viva o charme do inverno!

Uma história de amor.

Eu adoro filme de romance. Adoro até filme de comédia romântica. Sim, sou boba e cafona. Também sou chorona e nos 90 minutos de filme torço para o casal apaixonado, mas teimoso e burro, viver feliz para sempre.

Durante muito tempo da minha romântica e florida vida, eu quis viver uma história de filme. Queria uma história marcante, linda, meteórica, misteriosa e talvez com uma viagem pela Europa como cenário. Afinal, quem não sonha com um homem parando o trânsito para declarar o seu amor, ou então cantado com a banda da escola o quanto precisa da gente, ou mesmo usando um guarda chuva simbolizando uma espada para salvar a princesa?

O fato é que essas histórias vem acompanhadas de um drama muito grande. É morte e sofrimento, traição e mentiras, manipulação e invenção. Para a enredo fazer sucesso tem que jogar os personagens no fundo da lama e depressão para o final ser mais comovente. Mas essa parte ninguém quer… muito menos eu.

Então decidi que viver uma história de filme definitivamente não é para mim.

Tudo bem se o mocinho não me pedir em casamento em um balão a gás, se me respeitar como esposa. Tudo bem também se ele andar de meia furada, se me achar atraente de pijama. Não me importo se o meu galã não fizer uma serenata por noite, se quando tocar uma música linda seja o meu nome que venha a sua cabeça. Tudo bem se ele não andar com uma espada na cinta, se em seus braços eu me sentir segura como nunca. Não faz a mínima diferença se a sua barriga cresceu, se o cabelo tem três fios brancos ou se as costas não são mais as mesma, desde que ainda possa me dar a mão para ver os nossos filhos dançarem na festa junina.

Tudo bem se a nossa história não for parar na sessão da tarde, pois no fim das contas o que vale mesmo é que seja eterno enquanto dure. Que dure para sempre!

E por falar em filmes, vocês já assistiram Como se fosse a primeira vez? É de longe o meu filme de comédia romântica predileto.

Escuta aqui minha filha!

Eu sempre aparentei mais idade. Pulei da adolescência direto para a casa dos trinta na aparência, mesmo a identidade falando ao contrário. Talvez seja por minha personalidade, talvez seja porque uma velhinha de coque branco mora em meu coração, talvez por essas rugas imensas que assolam minha face… hehe.

O ponto alto da minha descarada velhice foi uma pessoa sem noção (quem nunca falou uma coisa e teve vontade de correr de braços abertos e se atirar da janela, só não fez porque a janela era no primeiro andar e depois de levantar seria pior ainda) que pediu se minha irmã era minha filha. Eu nem me ofendi, pois tenho espelho o suficiente.

Confesso que agora que vislumbro a porta dos trinta, não temo. Sinceramente essa maturidade toda que sempre me foi atribuída terá motivo para ser. E acredito que enfim o meu estilo e modo de comportamento será adequado a minha data de nascimento.

E agora na beirada de me tornar uma completa Balzaquiana, emocionalmente amadurecida (hahaha tá bom, tá bom) me sinto pronta para começar discursos com:

-Escuta aqui minha filha! E isso é reconfortante!

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