Uma carta para Ana Laura

Querida Ana,

Eu sempre te esperei, não sabia seu nome, nem sabia de quem você seria filha, mas esperei muito para ser sua madrinha. Hoje pensando, sua mãe e eu, em nossas práticas culinárias, tardes de café, confidências e ideais trocados, sempre agimos como verdadeiras comadres, e você veio para selar essa relação.

Ontem a tarde, enquanto eu fotografava os detalhes de seus primeiros dias e aproveitava para te conhecer direitinho, sua mãe me falou para não ficar te acostumando mal com presentes. Eu sempre vou respeitar sua mãe. Mas nunca vou deixar de mimar você. Na casa da madrinha sempre vai ter bolo quentinho e biscoito para assarmos todos juntos, você vai conviver com Bernardo e Natália e tenho certeza que vamos nos divertir muito por aqui. Sua mãe e seu pai não precisam se preocupar, seu padrinho e eu sempre vamos demonstrar nosso amor para você em forma de carinho e presença.

Que a sua saúde seja plena. Que você cante tão bem quanto sua mãe. Que você puxe toda a alegria de seu pai. Que você possa um dia compreender o tamanho da sorte que tem por ter nascido no lar onde nasceu. Que nós sempre possamos ser bons exemplos para você. E que o tempo, as mudanças e os caminhos da vida nunca permitam que a gente se distancie.

E Ana, um sorriso como esse abre todas as portas desse mundo. Deus te abençoe!

Um grande beijo de sua madrinha Diana.

Revista olheiras – e como saber se você é uma boa mãe!

Esse post foi escrito por mim e publicado originalmente no site Minha mãe que disse.

Se você já descobriu através da revista Capricho se sabia beijar ou se sua Best Friend Forever era confiável, e alguns anos mais tarde respondeu questionários da revista Nova para saber se o bofe era um cafajeste ou se você sabia como lidar com a luz acesa na hora H, chegou o momento de fazer esse teste definitivo da revista Olheiras e, enfim, descobrir se você é uma boa mãe.

Seu filho foi:

A – Adoção

B – Escapuliu

C – Inseminação

D – Planejado

 

Seu parto foi:

A – Natural no mato

B – Natural em casa

C – Cesárea

D – Normal no hospital

 

Sua amamentação foi:

A – Até os seis meses

B – Até os dois anos

C – Até os treze anos

D – Não amamentou

 

O que você fez com as partes do parto como placenta, coto umbilical…

A – Comeu junto com o marido

B – Enterrou

C – Guardou na gaveta de memórias

D – Jogou no lixo

 

A primeira papinha do seu bebê foi:

A – De trufas negras da frança

B – De brócolis, beterraba e chicória

C – De batata, xuxu e feijão de corda que você mesma plantou, regou e colheu

D – Não lembra

 

Você se considera uma:

A – Mãe tigre

B – Mãe panda

C – Mãe cobra

D – Mãe sapo (de boa na lagoa)

 

Você é adepta ao programa:

A – Culpa, não

B – Culpa, sim

C – Culpa para todos

D – Desculpa mas eu vou chorar

 

Seu filho ouve:

A – As mais tocadas da FM

B – Galinha pintadinha

C – Músicas clássicas

D – Raul Seixas

E agora chegou a hora da verdade! Respostas A valem 5 pontos, B 4 pontos, C 6 pontos e D 3 pontos. Some sua numeração e descubra agora se você é uma boa mãe!

Se você fez entre 0 a 100 pontos:

Você é uma boa mãe. Tão boa quanto eu e quanto a sua vizinha. Tão boa quanto sua própria mãe. Tão boa quanto a mãe que não tem as mesmas ideias que você.

Simplesmente porque você, eu e todas que estamos nessa labuta vamos errar. E vamos acertar. E vamos nos arrepender. E vamos ter saudades.

Simplesmente porque não importa se seu filho leu com 5 meses de idade e o meu só com 6 anos. Os dois vão ter amigos, os dois vão se apaixonar, os dois vão quebrar a cara, vão chorar, vão procurar nosso ombro, ou não. Os dois vão batalhar, os dois vão gargalhar loucamente exatamente naquele momento que tem que ficar bem sério.

Os dois vão ter certeza que sabem mais do que a gente. Os dois vão nos magoar sem querer. Os dois vão sair de perto de nossos atentos olhares e vai doer em nossos corações.

Você pode dar abobrinha e eu batata frita, mas quando nós duas deitamos na cama o nosso pensamento é igualzinho. Nós duas rezamos para proteção do nosso filho, rezamos para que ele faça boas escolhas, conheça gente de bem, que nunca se machuque, nem nunca machuque ninguém.

Você pode levar no parque e eu no play do shopping, mas nós duas sonhamos que um abraço cure todas as feridas, nós duas sonhamos com um futuro lindo, nós duas ficamos com o coração apertado quando ele tem febre.

Você pode comprar roupas fora do Brasil e eu no lojão, mas nós duas queremos que ele fique protegido do frio, da fome e da violência.

Por isso é muito injusto comparar nós como mães. Sinceramente é muito injusto decidir se você é melhor do que eu. Porque nós somos exatamente iguais.

Imagem via Mural de jogo de Thaylulu

Olha, não é porque é meu filho…

Cara, fico impressionada com minha capacidade de produção de filhos. A menina mal nasceu e já vem dando mostras de sua precocidade. Mal completou seis meses e já balbucia diversas vogais ~E~ consoantes. Tá, muitos bebês fazem isso, eu sei. Mas a minha vai m.u.i.t.o além, ela faz também brrrrrrrrrrrrrrrr. Rá.

Mas não é só isso, percebo em seus olhos o quanto ela é além de sua idade, ela rola para os DO-IS lados. Ela ergue o corpinho e quase senta. Ela vive dando mostras de sua psicomotricidade avançada. A sua relação com o mundo interno e externo é admirável. Não contei para vocês que ela se esconde quando vê alguém estranho? Gente, ela é incrível!!!

Isso sem falar no meu mais velho. O menino tem o dom. Eu já venho observando isso a bastante tempo. Na primeira apresentação da escolinha ficou nítido para todos o quanto a sua relação com o palco superava os coleguinhas. Não, ele ficou paradinho. Tá os outros dançavam. Mas não é disso que eu estou falando, estou falando de como a sua presença dominava a platéia, eu por exemplo não conseguia olhar para outra criança, não, não é porque ele é meu filho, era tipo um magnetismo que SÓ ele irradia, não sei…

Ele é um menino decidido sabe, não é teimoso como outras crianças que vejo por aí. Claro que não. O meu sei lá, tem personalidade forte! Vai longe esse menino. Ele pensa além da sua idade, vem com cada pergunta inteligente que vocês não vão acreditar. E não é só eu que penso assim, minha mãe vive falando, as tias dele também observam, fora o Pai!

E para cantar, já falei? O menino tem ritmo, memória, raciocínio. Acho que devo colocar ele em uma aula de piano clássico, o que vocês acham? Mas ele também é ótimo em artes marciais, esses dias mesmo ele deu um show com alguns golpes que nem sei de onde vem, mas eram muito perfeitos, deve ser algo que vem de dentro dele, certeza.

Falando em raciocínio lembrei de uma vez que ele acabou com a gente. Estava naquela fase de trocar os verbos, sabe. Eu coloqui, eu pegui (durou bem pouquinho, bem menos que o normal, fato). Mas então um dia expliquei para ele como funcionava, que era coloquei, peguei. E olha o que o menino disse: _Mãe, eu perdei meu dinossauro! Gente, não é um verdadeiro prodígio?

Até me emociono ao falar sobre isso. Se a gente conta parece até que os outros não acreditam. Acho que é inveja, credo. Mas vou dizer, nunca vi uma criança igual os meus filhos!

Ass: ________________________( insira o seu nome)

Pintura coletiva em comunidade

Nesse sábado aconteceu uma edição de pintura coletiva em praça pública aqui em Jaraguá do Sul. As pessoas foram convidadas a retratar sua visão sobre arquitetura, natureza e comunidade em quatro painéis de madeira. Munidos de tinta, pincéis, canetinhas, moldes e criatividade qualquer pessoa que tivesse vontade poderia contribuir para a obra.

Em meio as ferramentas oferecidas tinha uma multidão de diferentes pessoas. Tinha artistas cheios de técnicas e aptidão, tinha adolescentes pintando minions, tinha criança pintando cobra no painel de arquitetura, tinha mãe morrendo de orgulho de como o filho pinta cobras tão bem, tinha repórter fotografando, tinha historiadores fazendo vídeos, tinha curiosos avaliando, tinha cachorros dando sua voltinha diária, tinha gente dando apoio e informações, enfim…

E quando vi meu filho pintando seu trem lindo enquanto praticamente se apoiava em um artista que contribuía com sua visão de natureza, fiquei pensando no que aconteceria se por acaso os trilhos do trenzinho cruzassem o céu azul da obra. Ri por dentro, porque né… imagina a cena. Melhor, veja a cena:

Foi então que me dei conta de que essa obra toda nada mais é do que uma demonstração prática de relações interpessoais. É uma representação palpável do que ocorre diariamente em nossas vidas.

Todos os dias cruzamos com diferentes tipos de pessoas, com diferentes tipos de habilidades e principalmente com pessoas em diferentes fases da vida. Cada uma segue pintando suas próprias telas. Com algumas a gente tem que ter muita paciência. Algumas teimam em sobrepor nossas ideias. Algumas são espaçosas e mal se importam com quem está ao redor. Outras são tímidas e deixam pequenas marcas. Uns são admiráveis. Outros não respeitam o espaço de ninguém. Muitas passam rápido, outros ficam muitas horas. Todos querem dizer quem são e o que sentem!

Sempre falo aqui no blog sobre o quanto acredito no respeito mútuo, principalmente no mundo materno onde existe tanto julgamento e opressão, por isso fico muito feliz quando tenho oportunidade de ver meu filho mergulhando em tanta diversidade de ideias e opiniões, principalmente quando isso acontece aqui, na pracinha da cidade. Parabéns aos idealizadores e organizadores!

A mãe que eu queria ser!

Esses dias fiquei pensando em qual foi o momento em que eu idealizei a maternidade. Que eu seria mãe nunca tive dúvidas, mas eu queria saber como foi que escolhi o tipo de mãe que eu queria ser. Voltei então a tempos remotos onde eu carregava uma boneca encardida, que usava fraldas de pano e revesava entre os nomes Kethleen Kayra e Thayra Linnah. Naquela época eu era uma mãe viúva e criava minha filha sozinha a duras penas. (Eu sei, assistia todas as novelas possíveis e sem dúvida fazia parte do núcleo pobre, mas só me dei conta disso quando conversando com uma amiga ela me contou que em suas brincadeiras era casada com um banqueiro que estava viajando! Será que terapia resolve?)

Enfim, naquela época eu sabia direitinho como faria com meus filhos. Sempre pensava baixinho que meus filhos iam ter tudo que quisessem! Que eles teriam todos os brinquedos que pedissem e que eles nunca precisariam secar a louça. Eu também faria para eles um café da manhã igual ao do programa da Xuxa, todos os dias, e os acordaria só quando a mesa estivesse colocada! (Pensamentos de criança!)

Já na adolescência eu sabia melhor ainda a mãe que seria. Eu sim ia entender meus filhos. Ia ter paciência. Ia confiar neles. Ia permitir que eles fossem eles mesmos. Não ia nunca xeretar suas gavetas, guarda roupas ou mochilas. Não ia contar para os outros nada a respeito deles. Também usaria roupas adequadas a minha idade. (Pensamentos de adolescente!)

Grávida do Bernardo então… Eu poderia enfim ser a mãe perfeita! Sabe, né. Nada de televisão, nem de açúcar, nem desses artifícios que as mães usam para entreter um filho. Também iria dormir em sua cama, em seu quarto, desde o início. Birras? Isso é para pais que não sabem educar. Porque sinceramente, aqui em casa eu teria as rédias da situação. Tudo se resolveria na conversa, ele nunca precisaria mentir, pois além de tudo eu seria uma mãe compreensiva e paciente. (Pensamentos de adulta sem filhos!)

Então o bichinho nasceu. E eu conheci três coisinhas que jamais pude imaginar antes de ser mãe.

1- Ele não nasceu um robô. Nasceu cheio de personalidade e vontades próprias, que na maioria das vezes iam contra as minhas vontades próprias.

2 – Descobri enfim o que era a culpa materna. Opressora. Infame. Sem volta.

3 – Nunca pude imaginar o amor que a gente desenvolve por um filho. Não sabia o quanto isso era arrebatador e o quanto trazia para a nossa visão um manto espesso da mais pura ignorância. (Sim, descobri porque mães são um ser cegueta).

E foi nesse processo que a mãe que eu queria ser afundou nas profundezas das memórias. E ela deu espaço para mãe que eu sou. A mãe que eu sou é muito diferente da que eu idealizava. Teorias? A mãe que eu sou já não se atreve a se apegar a elas. Algumas coisas ficaram, como a paciência que sempre falei que teria. Também teve coisas das quais não abri mão, mesmo sendo muito difícil.

E por fim, mesmo a mãe que me tornei sendo tão diferente do que a esperada e tão diferente do que qualquer outra, eu me apeguei a ela sabe. Essa mãe já se acostumou a cusparada na testa pois acredita que dormir abraçadinha ao filho não faz mal algum. Também acredita que um bolo de chocolate no café da tarde, principalmente quando ele foi feito junto com o filho, não é vilão de nenhuma vida saudável. E acredita que mudar de ideia e de planos não é vergonha nenhuma, pois nessa casa crescer e aprender não são tarefas exclusivas das crianças.

Uma das coisas boas é que a mãe ideal pintava as unhas, NUN-CA usava roupa de baixo beje e penteava o cabelo TO-DOS os dias! Sim, senti uma leve saudade…

 

A matemática da maternidade, e você pensou que nunca iria usar aquelas fórmulas!

Se você passou o segundo grau inteiro questionando em que dia de sua vida, além do vestibular, usaria todas as fórmulas que o professor teimava em ensinar, finalmente descubra! A matemática se aplica perfeitamente na maternidade.

A paciência diminui na mesma proporção que o cansaço² aumenta! (Teorema da culpa por ter gritado com alguém, geralmente o marido.)

Se A for igual choro por cólica horrível e B for igual a choro por falta de atenção, o resultado é um juro composto de vontade de chorar também que nem regra de três braços resolveria.

A massa da mala preparada para sair do ponto X e chegar ao ponto Y corresponde diretamente aos ângulos internos do porta malas e principalmente as constantes matemáticas que se referem ao tempo e temperatura.

Nem sempre as regras de operações básicas criadas pela denominadora serão racionais. Mas cabe ao numerador lembrar a potência que os resultados negativos podem atingir em uma TPM, e assim calcular se a razão é equivalente a progressão geométrica da briga.

Uma fração de segundo de distração de 85 cm de gente correndo pela casa tem 99% de chance de acabar em uma testa batida em qualquer ângulo de 90 graus que houver pelo caminho.

O crescimento exponencial do conjunto celular formado de uma fração de cada um dos pais é a prova real de que tempo é relativo e que dois bracinhos abertos ao máximo representam perfeitamente um amor tão infinito quanto os números!

E por fim, resolva o problema:

Se o filho A troca em média 7 fraldas por dia enquanto o filho B pesa 21 quilos, considerando que a divisibilidade do tempo está medido em porcentagens e que até o carteiro já foi chamado de ordinal, quanto tempo dura o banho dessa mãe?

Respostas nos comentários por favor. Boa sorte!

Imagem daqui.

Instamission – diversão e prêmios no Instagram

Vocês já conhecem a Instamission? É uma brincadeira divertida no Instagram onde são lançados desafios e todo mundo participa com sua versão, usando uma mesma hashtag para identificar as fotos.

Para quem vive com o celular em mãos eternizando todos os detalhes gostosos e únicos do dia a dia e ama toda a inspiração que existe no instagram, essa brincadeira vai ser perfeita. Tanto para mostrar para o mundo sua visão das coisas, como para fazer mais amigos e conhecer outras faces do mesmo assunto!

E o melhor, em muitos desafios existem patrocinadores que premiam as melhores imagens! Dá uma olhada na página do face para ver o que já rolou!

A missão dessa semana é: Fotografe o céu! As seguintes fotos são de @aghata_  @tatavo e @ariellesagrillo (a última de missão anterior – Fotografe cabelos!)

Eu conhecia esse projeto e achava muito legal, mas não podia brincar porque não tinha conta no instagram. Mas agora que essa rede social é a mais nova querinha da Inventare (porque envolve uma de minhas paixões – fotografia!) também vamos nos aventurar nessas missões!

Vocês já conhecem o Instagram da Inventare? Aproveita e segue a gente por lá também, agora com novidades e muita inspiração em forma de fofura!

Ana Laura, um bebê que também é meu!

Esse fim de semana recebi um convite tão esperado e tão inesperado que mesmo passando várias horas ainda enche meus pensamentos de entusiasmo e minha barriga de frio.

Um casal de amigos chegou aqui em casa e nos presentou com um pedaço do maior presente de Deus que já receberam, nos presenteou com um pedaço do maior amor que já conheceram, nos presenteou com um laço de carinho, amor e cuidados com a pessoa mais importante de suas vidas.

Com todo o carinho e bom gosto do mundo eles nos convidaram como padrinhos de sua pequena Ana Laura.

Cada pequeno detalhe foi pensado e executado com todo cuidado por minha comadre querida. Na hora nem tive capacidade de perceber todo o amor depositado em cada pequeno bombom embrulhado, mas depois fiquei ainda mais emocionada.

Dani e Gelson, muito obrigada por nos escolherem para formar esse vínculo tão especial com vocês. Sabemos da responsabilidade que acompanha tamanho convite, mas o privilégio de levar esse título é de longe muito mais emocionante do que eu imaginava!

Eu já tinha intenção total de acompanhar o crescimento desse bebê, porque os admiro e estimo muito, mas agora meus queridos compadres, o sentimento tomou uma proporção muito maior, pois essa menina também é minha! Minha afilhada.

Entre na cabine e coloque o fone:

Você aceita trocar suas noites de sono gostoso por noites mal dormidas entre dar mamar, trocar fraldas, ver se está respirando e embalar?

Siiiiiiiiiiiiiiiim!

Você aceita trocar toda sua teoria linda conquistada em anos de observação por uma prática que você mesma pisou em cima, deu uma rodadinha e fez a dança da galinha?
Siiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita trocar seus sapatos de salto por minúsculos sapatinhos que custam praticamente o mesmo preço?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita trocar seu rímel intocado por lágrimas de felicidade, culpa, amor e muito orgulho?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita parar de dar palpites absurdos em relação a criação de um filho e começar a ouvi-los?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita trocar suas refeições quentinhas e sossegadas por um prato de comida fria?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim?
Você aceita dar um espacinho (ha-ha) na sua cama, no seu sofá, nos armários, no seu carro e nos braços do seu esposo?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita trocar seu cabelo penteado, sua roupa passadinha, suas unhas feitas, seu frescor matinal e seu batom red-poder por olheiras profundas e sutiãs de alça larga?
Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim!
Você aceita passar pomadinha no bumbum, amamentar, ensinar, amar como nunca amou, ver crescer mais rápido que o vento e deixar partir para esse mundão véio sem porteiras?
Não seeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei! (Brincadeira) Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim! 
Você aceita trocar tudo isso por sua vida anterior?
Nãããããããããão!
Então agora saia da cabine e venha buscar seu prêmio. Agarre com seus braços, suas memórias e seus sentimentos. Compartilhe com ele seus princípios, seus sonhos e seus planos. Ensine a respeitar a natureza, os outros e a si mesmo. Derreta-se com suas gracinhas, seu aprendizado e quando ele falar Mamãe e Papai. Seja uma pessoa digna de ser exemplo. Conheça um amor inimaginável, um carinho que aperta o peito e um calor que aquece os sentimentos. Só não chacoalhe, ele pode vomitar na sua roupa nova.

BC – O que mudou em minha vida depois da maternidade.

Mudou a bagunça na sala, nos cabelos e nos sentimentos. Mudou o espaço na cama, no carro e no sofá. Mudou o tamanho do jeans, do sutiã e do meu coração. Mudou a alimentação, o tempo e a forma de me vestir. Mudou a programação da TV, do dia a dia e das viagens. Mudou o rumo, a direção e o caminho. Mudou o sexo, os enfeites e a disposição. Mudou a paciência, a generosidade e a importância do bom convívio. Mudou o meu corte de cabelo, a cor e a quantidade. Mudou minha visão, minha audição e minhas falas. Mudou os cd’s, os dvd’s e os porquês. Mudou as respostas, as piadas e as atitudes. Mudou os amigos, as festas e os interesses. Mudou as manhas, as manhãs, as massas, as maçãs, peras, uvas e salada mista. Mudou as teorias e principalmente a prática. Mudou a experiência, a circunferência e a crença. Mudou o riso, o choro e os motivos. Mudou o presente, o futuro e a expectativa. Mudou o sim, o não e o talvez. Na verdade depois da maternidade eu entrei dentro de um caminhão de mudança com todos os meus pertences e nunca mais desembarquei. Só tem uma coisinha que não mudou – eu nasci para ser mãe!

Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva “O que mudou em minha vida depois da maternidade” Uma iniciativa Mamães em Rede
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