Nossas pequenas memórias e as conversas entre irmãos

O olho pisca e pronto, algo com os filhos já mudou. Bernardo perdeu dois dentes da frente e agora já estão nascendo os novos, quer mudança física mais intensa do que essa? Em questão de semanas os pequenos dentinhos que já sorriram tanto, estão dando espaço para dois dentões serrilhados que estão chegando para deixar claro o tamanho do homem que ele irá se tornar. Natália então… tudo ainda mais intenso. Uma novidade a cada vez que olho com atenção para sua expressão tão doce e viva.

Essa semana percebi algo novo entre os dois, eles estão conversando sem a minha intervenção. Imagina isso. Eu mesma imaginei tantas vezes. Natália fala muitas palavras, mas ainda não forma nenhuma frase. Mesmo assim estavam eles lá, se entendendo. Eu nem imagino qual era o assunto e quer saber? Daqui para frente vou saber cada vez menos, faz parte de ser mãe. É instigante, engraçado e estranho.

Essas são algumas fotos das últimas semanas do nosso projeto 365 dias. Uma foto por dia e nossa história de 2014 vem se delineando em imagens. Acompanhe o projeto diariamente em nosso instagram @inventareideias

Nossas pequenas memórias e o que não se controla

Ouvi falar por aí de uma tal de maternidade perfeita. Então nessa tal maternidade, que agora responde por maternar, não há possibilidade para a dúvida. O certo é certo e fim de papo.

Sabe meus filhos, aqui em casa não praticamos a maternidade perfeita. Mesmo que, em um certo ponto de meus devaneios, eu achei que praticaria. Aqui em casa a dúvida é uma constante, não porque não me sinto segura em meu papel, mas simplesmente porque questiono sempre, sobre tudo. Vocês ainda vão conhecer de perto essa vertente de minha personalidade. Não sei sabe, esse negócio de fim de papo. Aliás, outro ponto de minha personalidade, eu gosto de estender o papo!

Mas se eu tivesse que escolher, dentre todos do mundo, um ponto para falar sobre a maternidade perfeita, e nunca mais questionar, eu diria de peito cheio que é o convívio com os filhos.

Tem coisas que a gente não controla nessa vida, todas praticamente. Isso talvez torne as coisas muito mais interessantes ou muito mais amedrontadoras, sei lá. Uma delas é o crescimento de vocês. Cara, vocês crescem mais do que grama, mais do que pepino, mais do que cabelo dos outros. Nunca vi nessa vida uma coisa tão impressionante!

E é por isso que sinto que o convívio com vocês é um dos principais ingredientes da maternidade ideal. No fim das contas, tudo bem se o jantar foi sanduíche na noite passada, pois foi tão gostoso poder comer junto com vocês, a luz de velas como se estivéssemos em um bistrô em Paris, fazendo coelhinhos de sombra na parede. Para mim o sanduíche foi o de menos, sério.

E assim vamos seguindo nossas vidas, juntos, convivendo. Erro todos os dias com vocês. Mas dizem por aí que só erra quem tenta. E é isso, estou aqui tentando ser uma boa mãe. Conseguindo às vezes, outras não.

Nossas pequenas memórias dessa semana? São assim, cheias de convivência. E com elas muito choro, riso, roupa suja, sol, chuva e pijamas. Não foi perfeita, como eu não sou. Mas foi só nossa, e está aqui, congelada em pequenos cliques de vocês.

Acompanhe nosso projeto 365 dias e nossas pequenas memórias diariamente no instagram @inventareideias.

Nossas pequenas memórias, os rótulos e os estereótipos

Se tem uma coisa que tento realmente cuidar em relação a educação que dou para meus filhos são os rótulos e estereótipos, principalmente depois que vi esse texto no mamatraca, ainda na gravidez.

Mas como não comparar as experiências dessa vida? A única forma de ser mãe e a única forma de se comportar que eu conheço provém de toda experiência que tive com Bernardo, e agora com uma pessoa diferente, com personalidade diferente, fico procurando a minha forma de me posicionar nesse novo mundo.

Essa semana começamos a viver uma nova realidade nessa vida de família com quatros pessoas. Natália está batendo no Bernardo. Ela simplesmente resolve que ele não pode fazer algo, como colocar a mão na água da banheira que ela está sentada ou ficar perto dos botões do elevador, e com unhas e dentes defende o que quer.

A tendência a rotular é uma coisa dura de superar. Comparar então, nem vou escrever sobre isso. E não estou aqui falando que fico comparando e rotulando os dois enquanto eles me olham assustados. É mais uma coisa interna, sabe? Eu com eu mesma.

E vamos adiante! Uma nova amiga que super se identificou com a história que contei me disse rindo (quase uma risada maquiavélica de bruxa) que vai piorar. Que em poucos dias o mais velho vai descobrir que provocar o bebê é o maior barato.

Rótulos? Passei na gráfica e imprimi um bem grande, colei na minha camiseta, está escrito: “Cuidado mãe aprendiz!” Aah, também mandei fazer um bóton, “Quer enlouquecer? Pergunte-me como!”

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