A vida é uma brincadeira

Creio que ser um pai presente na vida dos filhos significa muito mais do que comparecer as reuniões da escola, estar junto com eles tentando mostrar o que é certo e o que é errado, colocar pra dormir e dar beijinho, amparar, etc. Embora tudo isso tenha um valor inquestionável e seja imensamente benéfico e indispensável para a formação dos filhos não há mérito algum para nós, pois é compulsório na nossa função de pai e educador.

Não, não sou um pai perfeito, mas acredito que é necessário e saudável ir além, ser participativo no sentido mais completo da palavra, fazendo do mundo deles o nosso próprio mundo, sentindo a presença deles na nossa vida, aproveitando os momentos e divertindo-se verdadeiramente.

Eu me divirto muito com o Bernardo, seja fazendo arte, jogando bola com ele na praça, contando piadas (nada engraçadas, diga-se de passagem) ou correndo como um anormal pelo calçadão. A vida é corrida e normalmente nossa cabeça está repleta de projetos e problemas, mas penso que viver o momento divertindo-se de verdade aumenta muito a qualidade do tempo juntos e é tão bom para o filho quanto para o pai.

Não pense que eu sou o SUPER PAI e que consigo fazer isso tudo, na maioria das vezes me pego brincando com ele e pensando no que eu preciso fazer depois ou lembrando um e-mail que eu me esqueci de enviar.  Pode não ser fácil, mas vale a pena tentar aproveitar ao máximo os momentos com os filhos.

Não tenha vergonha de brincar de verdade com seu filho.  Não o troque por uma partida de futebol na televisão. Não brinque com ele por obrigação como qualquer adulto chato. Faça-o perceber que você gosta e realmente curte estar junto com ele. Deixe o computador,  o tablet, o smartphone (facebook, twitter, etc) de lado enquanto estiver com ele.

O que é ser um bom pai para você?

Ser bom pai no meu conceito vai muito além de ajudar a trocar fraldas. Vai muito além de acompanhar no pediatra. Vai muito além do que hoje se entende por politicamente correto e esperado de um pai exemplar.
E quando falo isso não me refiro só a ser bom para o filho, falo também da experiência de ser bom para o homem.
Eu vejo nitidamente quando um homem está se sentindo bem com seu filho. Dá para ver nos olhos o amor transbordando. Dá para ver no jeito a alegria da companhia.
Eu vejo perfeitamente o orgulho estampado na cara do bom pai quando pega a criança mais linda e perfeita do mundo na creche/escolinha.
O bom pai é aquele que a mãe pode confiar o filho. Que conhece a criança. Que se vira em seu papel.
O bom pai entende quando a mãe precisa de descanso. Quando precisa de um banho bem longo. E quando precisa de um cheese bacon com um chocolate gigante.
O bom pai pode não saber combinar roupas, pode não saber onde está o casaco, mas tem que saber se o filho está coberto para dormir bem.
Um bom pai está presente na educação, na diversão, nos momentos de aperto, de falta de paciência, de atitudes e decisões, de brincar de guerra de água no banheiro.
O bom pai lê com o filho, vai no teatrinho, no cinema, na praça, sabe o nome dos melhores amigos, sabe o nome dos personagens favoritos, sabe a sobremesa mais gostosa, porque participa, sente, vivência e curte!
O bom pai não tem vergonha de criar um equipamento mirabolante que fique preso no pilar do pátio da escola para filmar o filho chorando na apresentação. (Essa não foi do Paulo, mas achei tão linda).
Adoro ver o Paulo e o Bernardo juntos. Adoro as brincadeiras. Adoro a paciência. E principalmente adoro a cumplicidade dos dois. (Mesmo sendo a Cocacola da casa… haha. O Paulo é o refrigereco. A Coca é a primeira opção, mas na falta, todo mundo gosta do refrigereco.)

Imagem que fala por si. Via pinterest.com

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