Educação de filho é como receita pra bolinho de chuva

A comparação é um tanto esquisita, admito. Mas é o que melhor define essa situação na minha opinião. Em 2015 o Bernardo fará 8 anos de idade e diariamente eu tenho a sensação que estou errando na educação dele, me refiro apenas ao Bernardo porque a Natália está em uma fase diferente e ele está entrando em uma etapa que me parece mais difícil. Imagino que num belo dia vou acordar e perceber que ele estará prestes a completar 18 anos e que a sensação de estar errando na educação dele será a mesma.

Quando eu falo em educação não me refiro ao ato de ler, escrever, saber fazer contas, ser o mais esperto da sala e nem mesmo a saber se comportar na mesa e coisas do gênero.

Me preocupa mais saber que tipo de pessoa ele será, o quão responsável ele vai ser, que comportamentos adotará nas relações pessoais, como irá tratar as pessoas, se terá posturas coerentes, que valor dará as coisas e onde e em que circunstâncias encontrará sua felicidade.

Educação de filhos

Mas por mais que tentemos mostrar o caminho que achamos certo a ser percorrido, é preciso entender que além de ser filho e estar sob nossa tutela e responsabilidade, trata-se de um ser humano com seus próprios conceitos, seus princípios, seu modo de ver o mundo, sua foma de agir e reagir diante das coisas que acontecem e nesse ponto eu percebo que muito pouca coisa pode ser feita. Algumas vezes penso que o melhor a ser feito é observar a uma certa distância, ensinando e monitorando, mas sem intervir diretamente.

A comparação que faço com receita pra bolinho de chuva é porque cada um tem a sua própria receita, parece ser algo aparentemente muito fácil, cada um acredita que a sua receita é a melhor e ainda sobra experiência pra dar pitaco na receitas dos outros.

Por isso deixo aqui um recado para meus dois filhos: Não eduquem seus filhos como nós educamos vocês, façam melhor!

52 weeks e o grilo falante.

O Bernardo sempre foi muito acomodado, não engatinhou, demorou para levantar sozinho depois que andou, prefere um colo gostoso. No parquinho ele prefere não se arriscar muito. Não vive pendurado em árvores, bancos e pilares. Prefere jogos de raciocínio, adora fazer cinema em casa (isso a gente pedia que ele gostasse quando estava na barriga). Se tiver alguém para vesti-lo e despi-lo, melhor ainda! Essa é simplesmente sua personalidade. E eu agradeço respeito isso nele.

Por esse grande motivo ele sempre preferiu a cadeirinha do que sua própria bicicleta. Preferia sentir o prazer do passeio sem o mínimo esforço. E claro, dando comandos de voz. Só que agora ele está muito grande. Parece um grilo na cadeirinha. Chegou a grande hora de ele pedalar sozinho com suas pernas magricelas.

E mais uma vez o mundo esfregando na minha cara: Você não tem mais um bebê, você não tem mais um bebê!

 

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