Adaptação na escolinha da vida.

Hoje fiquei impressionada quando me dei conta de quanto os sentimentos de uma mãe mudam com os passar dos anos (meses… dias…)! A bem pouco tempo atrás eu passei por um primeiro dia de aula.

Chorei eu, chorou meu filho e a cara da professora era de uma mistura de “para com isso sua louca” e “pelamor, mais uma!”. Me senti uma péssima mãe por não ter largado o emprego para cuidar do menino. Me senti impotente, pois o tempo estava passando tão rápido que me dava medo. Senti tristeza por achar que alguém (com certeza eu) poderia morrer com a distância. Senti dor no peito, que insistia em produzir um leite que não era mais tão necessário. Senti que o dia durou incríveis 234 horas!

Sobrevivi, como todas as mães que também passam por isso. Nos adaptamos (ele milhares de vezes mais rápido!) E os anos voaram.

Hoje foi novamente um primeiro dia de aula. Muita expectativa, gel no cabelo e uma última lambidinha de mãe para garantir uma pele lustrosa! Um menino feliz, sorridente e ansioso. Chegada na creche com direito a um UUUUhúuuuul!!! Beijo nas cozinheiras, beijo nas professoras do caminho, beijo nas serventes, muito beijo e abraço na professora oficial. Abraço e batidas de mão com soquinho nos meninos, abraço nas meninas. Apresentação calorosa com as crianças novas.

E uma mãe feliz, satisfeita, indo para o trabalho sorridente. Pensando em como esses pequenos momentos da vida são bons. Um sentimento de “estou acertando”.

Então olhei para o lado e vi uma mãe aos prantos. Me deu medo novamente por não poder controlar o tempo. Depois me deu vontade de dizer que ela podia ir trabalhar tranquila que mesmo passando por todas as OSES e ITES do mundo das babas alheias, o seu bebê iria sobreviver. E por fim fingi que não vi e fui embora. Toda mãe tem o direito de chorar e sofrer nessa hora, faz parte do rito de passagem.

No caminho fiquei pensando nas coisas comuns que me fazem sofrer hoje, e em como isso vai ser irrelevante em pouco tempo. PS -Tentar não sofrer por essas coisas na escadinha da creche.

E quando a gente se da conta, o filho cresceu! E a mãe também!

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2 pensou em “Adaptação na escolinha da vida.

  1. Obrigada pela visita e pelo comentário!
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  2. Esse texto é maravilhoso. Conheço os dois mundos (de certa forma). Torço para os pais deixarem seus bebês com confiança, pois fazemos o melhor para eles, mas sofro junto quando é minha família. 🙂

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