Sábado nós três estávamos voltando do mercado andando. Passamos por um casal de adultos sentados em uma escadinha conversando.
O Paulo questionou o que eles estariam conversando, quais seriam os seus problemas e angústias. E ainda criou um problema para eles. E era bem sério.
Claro que imaginando a dor do casal, os meus problemas que são mínimos, se reduziram a pó. E depois disso a música Epitáfio ficou tocando sem fim na minha cabeça.
O maior problema é que esses pequenos lapsos de consciência duram pouco tempo. E logo eu volto a olhar novamente para meu próprio umbigo e lamber minhas próprias feridas. Assim como todo mundo.
Porque a dor da gente sempre dói mais, a nossa pressa sempre é maior, o nosso sofrimento sempre dura mais, a nossa fome sempre precisa ser saciada primeiro. E com certeza, o nosso filho sempre é mais lindo e inteligente.
Mais não tenho dúvidas que eu devia ter me importado menos com problemas pequenos e ter morrido de amor!
Imagem via iplay.com.br