Aprendendo a ser pai de menina

Estou ciente que existem sentimentos que simplesmente não podem ser expressados com palavras em toda sua plenitude e que portanto não podem ser entendidos plenamente por quem os lê, mas tudo bem eu correrei o risco de parecer um pai bobão ao falar da minha doce garotinha, tão meiga, tão linda, tão segura de si, tão carinhosa e, algumas vezes, muito azeda.

Penso que existem algumas fases muito distintas nos sentimentos que temos por nossos filhos desde o seu nascimento, estes sentimentos passam por um processo de maturação e creio que entendendo isso consigamos lidar melhor com a situação e consequentemente deixar os filhos mais a vontade com nossa presença em suas vidas. E não conseguir entender isso pode gerar muita frustração por esperar que eles atendam expectativas em torno de um sentimento que só nós conhecemos. Ao não conseguir atender a expectativa de reviver nossos sentimentos, que muitas vezes eles nem sabem do que se trata, acabam se afastando.

Aprendendo a ser pai de menina

Creio que se formos capazes de amadurecer junto com o relacionamento que temos com nossos filhos, certamente os teremos próximos de nós por mais tempo.

Uma das fases que percebo é a paixão e é o que sinto pela Natália nessa etapa de sua vidinha, percebo que que com o Bernardo o sentimento está em fase de maturação e a paixão gradativamente se transforma em amor, forte e duradouro.




Filho definitivamente não é resultado de uma produção seriada, cada um é único, em todos os sentidos. Quando o Bernardo nasceu eu conheci sentimentos novos, que eu realmente não sabia que existiam e enquanto esperava a chegada da Natália eu estava seguro que seria mais simples por já ter tido a experiência, mas ela chegou e desmontou completamente minha segurança. Tive que reaprender tudo.

E não me refiro ao fato de ver roupinhas cor-de-rosa, lacinhos para cabelo, bonecas ou delicadezas em tom pastel enfeitando a casa. Mas a toda uma complexa estrutura comportamental que eu desconhecia, que vai da meiguice a uma explosão de ira e vice-versa em poucos segundos.

Eu sei que tenho muito a aprender ainda com a presença dela em minha vida e só espero que eu tenha força e coerência suficiente pra saber respeitar seus limites e seu espaço. Que eu sabia orientar sem impor nenhum obstáculo para o seu desenvolvimento. E, principalmente, que eu consiga entender, aceitar e colaborar com as suas escolhas.

E pra concluir, sinto um orgulho imenso da primeira frase que ela disse e repete incontáveis vezes até hoje: “Não, Papai!!”

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4 pensou em “Aprendendo a ser pai de menina

  1. Oi Paulo, aqui sou mãe de uma! E pra falar a verdade a fase de maturação e paixão ainda se confundem, ainda que com 8 anos. Mas concordo que agora tudo se torna mais calmo sentimentalmente. É como um namoro ou casamento: A paixão que se transforma em amor mais calmo.

    E vem outros sentimentos que se confundem em meio a esses dois e que você irá descobrindo com o tempo..

    Tenho certeza que será um grande e bom pai – como já está sendo – em todas as fases da Natália. E não se preocupe. Ela irá te conduzindo em todos os caminhos.
    Abraços meu e da Maria!

    Teresinha Nolasco

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